José Alfinyahu: TDAH - TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE

TDAH - TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE



TDAH - TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. O TDAH geralmente é diagnosticado na infância. A presidente da associação Iane Kestelman esclarece as principais questões.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.
Nos dias de hoje não existe controvérsia sobre a existência do TDAH. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Sintomas
"Os principais sintomas são desatenção, impulsividade e hiperatividade". As crianças com TDAH costumam ter dificuldades na escola, principalmente porque não são capazes de prestar atenção por muito tempo. "Todas as crianças são distraídas, mas aquelas que têm esse transtorno não prestam atenção no professor por mais de três minutos e dificilmente anotam as lições, limitando o aprendizado", explica a presidente da associação. As crianças com TDAH costumam perder e derrubar objetos e dormir pouco, SÃO INQUIETAS. Além disso, são muito agitadas e reagem muito mal às frustrações, agindo com hostilidade e  impulsividade na maioria das situações.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam os carros na frente dos bois”). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

As causas
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, estudos científicos mostram que os portadores de TDAH têm alterações na REGIÃO DO CÓRTEX FRONTAL e nas conexões dessa região com o resto do cérebro. As ALTERAÇÕES acontecem principalmente em dois neurotransmissores: a DOPAMINA e a NORADRENALINA. "Em pessoas com esse transtorno esses dois neurotransmissores são produzidos em MENOR quantidade, o que compromete ações simples como estabelecer metas, controlar impulsos, administrar a ANSIEDADE e sustentar a atenção". Relevante sinalizar que  é um transtorno neurobiológico e hereditário.
A grande verdade é que já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
Segundo estudos, o que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores, principalmente dopamina e noradrenalina, que passam informação entre as células nervosas, conhecidas como neurônios.
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo “desatento” ou “hiperativo” simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc…). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz “concordantes”) do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único “gene do TDAH”. Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
F) Outras Causas
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireoide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.
G) Fatores ambientais
Baixo peso ao nascer (menos de 1.500 g) confere um risco 2 a 3 vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças que nascem com baixo peso não desenvolva o transtorno.
Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação, parte dessa associação reflete um risco genético comum.
Uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos da dieta.

Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares adotivos, exposição a neurotoxinas (chumbo), infecções (por exemplo: encefalite) ou exposição ao álcool durante a gestação. Exposição a toxinas ambientais foi correlacionada com o TDAH subsequente, embora ainda não se saiba se tais associações são causais. 
TDAH - TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
Diagnóstico
Como as crianças geralmente são distraídas e cheias de energia, muitas vezes os pais demoram em suspeitar que ela seja portadora de TDAH. Para pais muito preocupados, o contrário também se aplica: às vezes a criança é diagnosticada erroneamente como tendo o transtorno apenas porque tem dificuldades de aprendizagem ou está passando por problemas emocionais. "É muito importante que seja feito um diagnóstico correto por um especialistas em TDAH, mediante uma equipe multidisciplinar, com procedimento médico - Neuropediatria.
Tenha sempre em mente que o diagnóstico para TDAH é inteiramente clínico, feito por médico especialista em TDAH. Não é necessário exame de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro que avalie características físicas. Também não é preciso fazer avaliação neuropsicológica, só em certos casos.

O processo diagnóstico de TDAH segue uma relação de critérios médicos específicos, incluindo a determinação de subtipo, nível de remissão e gravidade do transtorno.
Geralmente as consultas de pessoas com TDAH são mais longas, pois é preciso colher as histórias não só do paciente, como também as de seus familiares mais próximos (pais, irmãos, avós, etc.), em função da grande herdabilidade do TDAH.
Não menos importante é saber como transcorreram a gestação, parto, período pós-parto, o desenvolvimento neuropsicomotor, a esfera social e a escolaridade (para adolescentes investigar também a vida acadêmica, se há planos para ingressar em faculdade, etc., e para adultos saber como está sendo a vida conjugal e profissional).
A primeira consulta deve ser feita só com a mãe ou com os pais. A segunda deve ser feita com o paciente que pode ser a criança ou o adolescente. E a terceira, com todos reunidos.
É também muito importante entender com detalhes o funcionamento da dinâmica familiar do paciente, ou seja, qual é o modo que os pais e familiares lidam com ele, se os pais o rotulam ou se fazem comparações com irmãos ou colegas, se eles sabem que o filho apresenta um transtorno que tem tratamento, entre outras questões.
Inclusive, alguns adultos precisam chamar os pais, ou o cônjuge ou outros familiares para reportarem como se transcorreram nos primeiros anos de vida, pois muitos adultos podem não se recordar de dados importante de sua infância, escolaridade e outros dados da vida. Os especialistas que tratam o TDAH só fazem o diagnóstico do transtorno após a obtenção de todos os dados necessários ao mesmo.
O TDAH costuma ser observado com mais facilidade durante o ensino fundamental pela desatenção, que fica mais saliente e prejudicial.
Na adolescência, a hiperatividade costuma diminuir podendo limitar-se a comportamentos mais irrequietos ou sentimentos de inquietude interna e impaciência. O transtorno pode permanecer “estável” neste período, mas alguns têm piora no curso da doença e podem apresentar comportamentos antissociais.
A maioria dos adolescentes e adultos com TDAH apresentam redução da atividade motora, embora persistam sintomas de desatenção, inquietude, impulsividade e comprometimento das funções executivas (planejamento, organização, etc.).
O adulto costuma sofrer de desatenção, inquietude, impulsividade e presença de compulsões.
Uma parcela significativa de crianças com TDAH permanecem prejudicadas por toda a vida.
O tratamento de crianças e adolescentes com TDAH é multidisciplinar, ou seja, se baseia na intervenção com profissionais de várias áreas, como os da área médica, de saúde mental e pedagógica. Avaliações com psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, otorrinolaringologista, oftalmologista, e outros, podem ser necessárias, conforme a demanda de cada caso.
Os psicoestimulantes são o padrão-ouro no tratamento do TDAH até os dias atuais. Eles apresentam um alto poder de eficácia e melhoram o funcionamento das áreas cerebrais responsáveis pelos sintomas do transtorno.
Portadores do TDAH e familiares devem frequentar Grupos de Apoio Psicoeducativos sobre o TDAH, nos quais o profissional de saúde falam tudo sobre o transtorno com informações claras e objetivas, para que eles aprendam a lidar com os sintomas e também possam trocar vivências e experiências com outros portadores e familiares. A orientação aos pais é fundamental, pois os instrui sobre a doença, facilita o convívio em família, os ensinam a lidar com a criança e como prevenir futuras recaídas.
Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Crianças com TDAH muito desadaptativas demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito. Nem toda a criança com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige orientação familiar.
Nos casos mais complexos, com prejuízo funcional em várias áreas, presença de comorbidades e pais de opiniões discordantes, devemos iniciar o tratamento pela psicoeducação familiar e suporte educacional.
Nas famílias em que o TDAH for frequente, deve-se ter muito cuidado com as variáveis ambientais que possam servir de gatilho para aqueles que tiverem predisposição ao transtorno.

Tratamento
"O tratamento de TDAH é baseado em um tripé de ações e envolve um trabalho médico, psicológico e pedagogos", explica a presidente da associação. O mais importante, é que a família CONHEÇA, NO SENTIDO DE CONHECIMENTO informativo, o transtorno e entenda como isso, afeta a vida da criança de forma que eles devem construir estratégias para melhor lidar com os limites. "Estas crianças,  precisam ser ajudadas porque são comportamento involuntários e que elas precisam aprender a superar e controlar". Os pais precisam aprender as técnicas com os psicólogos para aprender a lidar com os limites da criança com TDAH

Medicamentos
O tratamento de primeira linha do TDAH é psicofarmacológico e feito com drogas psicoestimulantes aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que são o Metilfenidato (MPH) e o Dimesilato de Lisdexanfetamina, ambos com alto poder de eficácia (78%) no tratamento de crianças acima dos seis anos, adolescentes e adultos com TDAH.
Apesar do nome, essas drogas na verdade têm um efeito “calmante” em pessoas com TDAH, e os resultados positivos do tratamento não tardam a serem percebidos pelo paciente, escola e pelos que convivem com eles.
O MPH é encontrado na forma de liberação imediata (curta ação, 4h) e na forma de liberação prolongada (8h e 12h de ação). O Dimesilato de Lisdexanfetamina é um psicoestimulante derivado da anfetamina e de ação prolongada de 13 horas.
No Brasil temos três medicamentos à base de Metilfenidato e um, derivado de anfetamina.
As medicações à base de MPF devem ser feitas de acordo com o peso da pessoa. Já os derivados anfetamínicos não dependem do peso. As doses devem ser feitas nas doses indicadas, sob risco de fazermos subdoses e com isso não obtermos os resultados esperados.
Outras drogas são consideradas de 2ª escolha e não têm efeito na desatenção: Imipramina, Nortriptilina e Bupropiona (Antidepressivos). E a Clonidina (Anti-hipertensivo).
Na prática, os efeitos adversos são raros, o mais comum é falta de apetite.
Principais efeitos colaterais:
Perda de peso
Sintomas gastrointestinais (náusea, dor abdominal)
Insônia
Tonturas
Irritabilidade, labilidade afetiva
Tiques.
É importante relatar qualquer um desses efeitos ao médico, que saberá aconselhar a melhor forma de dribrá-los.
Medicamentos para TDAH
Os medicamentos mais usados para o tratamento de TDAH são:
Concerta
Efexor XR
Ritalina
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Complicações possíveis
O TDAH não tratado ou mesmo não diagnosticado pode trazer diversas consequência no dia a dia da criança, adolescente ou adulto com o quadro. Pessoas não diagnosticadas não receberão tratamento e certamente continuarão sendo rotuladas de preguiçosas e malcriadas, quando na verdade o que elas apresentam é um comportamento biologicamente determinado, com um amadurecimento em regiões do cérebro que é diferente daquele apresentado por indivíduos sem o transtorno.
Ainda, os estudos mostram que pessoas não tratadas precocemente terão mais “prejuízos” ao longo dos anos e maior comprometimento da qualidade de vida em todos os setores.
O TDAH em crianças e adolescentes, em relação a seus pares e ou controles, se associa a:
Maiores taxas de sentimento precoce de fracasso
Menores índices de desempenho escolar e menos sucesso acadêmico
Maiores chances de sentimentos de autoestima, autoconfiança e autoimagem baixos
Maiores taxas de rejeição social e bullying
Chances significativamente maiores para desenvolverem Transtorno de conduta na adolescência.
O TDAH em adultos se associa a:
Pior desempenho, sucesso, assiduidade e pontualidade no campo profissional
Maiores taxas de desemprego
Altos níveis de conflito interpessoal
Maiores índices de problemas e de assédio moral no trabalho
Chance significativamente maior para desenvolver Transtorno de Personalidade Antissocial
Taxas maiores de Transtorno de Conduta, Transtornos por uso de substâncias e de problemas com a Lei, prisão, crimes, morte precoce
Maior probabilidade de sofrerem lesões, fraturas e hospitalizações além de acidentes com ou sem vítimas, violações de trânsito, multas
Maior probabilidade de obesidade ou outras compulsões.

Prevenção
A Neurociência ainda não sabe dizer ao certo de que forma é possível prevenir a ocorrência de TDAH. O que se conhece hoje são formas que ajudam a reduzir o risco de seu filho desenvolver o distúrbio.
Confira alguns exemplos:
Durante a gravidez, evite fazer uso de substâncias que possam prejudicar o desenvolvimento fetal. Não beba bebidas alcoólicas, evite cigarros e outras drogas. Evite, também, a exposição a toxinas ambientais
Proteja seu filho da exposição a poluentes e toxinas, incluindo a fumaça de cigarro, produtos químicos agrícolas ou industriais e chumbo.

Técnicas
1. Rotina cotidiana, com horários prescritos em tabelas VISUALMETE GRANDES, a fim de reduzir a ansiedade e estabelecer metas de início, meio e fim;
2. Exercícios físicos 2x por semana para canalizar a energia, como natação e YOGA;
3. Medicamentos com a dosagem correta, como ansiolíticos e auxiliantes para ESTIMULAR a atenção.
4. Alimentação correta sem energéticos. Evitar principalmente café e guaravita.
5. Técnicas de limites: autoconhecimento, autoimagem, autoperce

Alimentos que melhoram o déficit de atenção
Pesquisadores indicam que alguns tipos de alimentos são muito prejudiciais para quem sofre de TDAH, como é o caso de comidas processadas e aditivos alimentares, alimentos que devem ser evitados por quem sofre da doença.
No entanto, uma série de nutrientes que encontramos em alimentos naturais podem ser muito benéficos para pessoas com déficit de atenção. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre estes nutrientes que afetam positivamente quem sofre desse transtorno.
1. Atum
Os peixes são ótimas fontes de ômega 3 e o atum é um dos alimentos mais ricos nestes ácidos graxos. Acrescentar o atum em receitas do dia-a-dia, como sanduíches, macarrão e wraps pode ser uma boa dica para incluir este alimento na dieta de quem sofre com o déficit de atenção.
2. Salmão
Outra fonte abundante de ômega 3 é o salmão, que além disso é um alimento muito saudável e cheio de outros nutrientes essenciais para a nossa saúde. Comer salmão pelo menos uma vez por semana vai ajudar a controlar e diminuir os sintomas do déficit de atenção, seja em adultos ou crianças.
3. Frango
Um alimento muito rico em proteína, nutriente que ajuda a evitar picos de açúcar no sangue, é a carne de frango. Aproveite que as crianças adoram frango e abuse deste alimento no cardápio de quem sofre de TDAH.
4. Ovos
Os ovos também são fontes importantes de proteína e que podem ser bastante utilizados no cardápio de crianças e adultos com déficit de atenção. Pesquisas apontam que os ovos, assim como o queijo, podem aumentar o efeito dos remédios para déficit de atenção.
5. Maçã
Muitos especialistas recomendam o consumo de carboidratos complexos para quem tem déficit de atenção. Isso porque os carboidratos simples, como os alimentos feitos de farinha branca e arroz branco, por exemplo, são rapidamente digeridos e transformados em açúcar, alimento prejudicial para quem tem TDAH.
Veja mais: Diferenças entre carboidratos simples e complexos.
A maçã é uma fruta que contém carboidratos complexos, uma excelente pedida para quem sofre de déficit de atenção. Comer esse tipo de carboidrato durante a noite é especialmente benéfico para ajudar na qualidade do sono.
6. Pera
Outra boa fonte de carboidrato complexo é a pera, uma boa alternativa para quem quer controlar os sintomas do déficit de atenção. Comer uma pera ou uma maçã por dia vai ajudar a manter os sintomas no mínimo possível.
7. Laranja
A laranja é uma ótima fonte de vitamina C, que fortalece o sistema imunológico prevenindo doenças. Esta é mais uma boa opção do que comer à noite para ajudar a melhorar a qualidade do sono de quem tem déficit de atenção.
8. Kiwi
Outra boa opção de alimento rico em vitamina C é o kiwi. Para diversificar as frutas, vale a pena alternar entre comer maçã, pera, laranja e kiwi para ajudar no controle dos sintomas do déficit de atenção.
9. Espinafre
Um dos alimentos naturais mais completos e interessantes para quem tem déficit de atenção é o espinafre, fonte de vitamina C, algumas vitaminas do complexo B, ferro e bastante proteína.
10. Feijão
Outra ótima fonte de proteína é o feijão, que normalmente já faz parte da dieta. Para diversificar, você pode fazer hambúrguer de feijão e surpreender com uma nova receita, sem deixar de lado os nutrientes que vão ajudar a controlar os sintomas do déficit de atenção.
11. Queijo de cabra
O queijo é uma ótima fonte de proteína, mas muitas pessoas que têm déficit de atenção sofrem de algum tipo de intolerância a lactose ou alergia ao leite. Nesse caso, o consumo de derivados do leite pode prejudicar a saúde, além de agravar os sintomas do TDAH.
Por isso, uma boa alternativa é o queijo de leite de cabra, que vai oferecer os mesmos nutrientes sem prejudicar a digestão nem aumentar os sintomas do déficit de atenção.
12. Castanhas e sementes
As castanhas e sementes também são ótimas fontes de ômega 3, os ácidos graxos que ajudam e muito a controlar e diminuir os sintomas do déficit de atenção. Nozes, castanha-do-pará, linhaça e chia são muito abundantes em ômega 3, quase tanto quanto os peixes. O óleo de linhaça é ainda melhor que a linhaça em si, já que tem 7,5 gramas de ômega 3 em apenas uma colherada.
13. Cereais integrais
Quem tem déficit de atenção deve evitar o consumo de aditivos, como corantes e adoçantes artificiais e os cereais matinais para crianças são cheios dessas substâncias que podem prejudicar e piorar os sintomas de déficit de atenção.
Por isso, prefira os cereais integrais, de preferência os multigrãos, pois além de eles não prejudicarem os sintomas da doença, serão de grande ajuda para controlar alguns sintomas, já que são cheios de proteínas e nutrientes importantes para a saúde.

CONTINUA 

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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