Durante milênios, as pessoas
tentaram identificar a essência do espírito, da alma e da mente que caracteriza
o homem e constitui sua identidade. As respostas abrangem um amplo campo da
fisiologia à psicologia, a influência das experiências precoces e da educação.
O estudo da psicologia, que se
originou da filosofia no século XIX, dedicou-se a responder perguntas
referentes à formação da individualidade, ao processo de aprendizado e da
razão, à discussão do conhecimento inato e da mente como uma página em branco,
do livre-arbítrio e do equilíbrio da natureza e da educação na formação da
personalidade.
A psicoterapia é um termo geral
usado para descrever o processo de tratamento de distúrbios psicológicos e
sofrimento mental pelo uso de técnicas psicológicas através da fala. Durante
este processo, um psicoterapeuta treinado ajuda o cliente a resolver problemas
específicos ou gerais, tais como uma doença mental em particular ou uma fonte
de estresse na vida.
Etimologicamente, psicoterapia
significa ?tratamento da alma?. O médico escocês James Braid (1795-1860) foi um
dos primeiros a utilizar o termo, além de ser o criador da palavra
?Hipnotismo?, que com o passar dos tempos, popularizou-se como
"Hipnose", que significa ?estado de sono?.
A palavra psicoterapia tem origem
grega. Psyche significa mente e therapeuein curar. Trata-se de uma terapia cuja
finalidade é tratar questões relacionadas à mente e problemas psicológicos como
depressão, ansiedade, dificuldades no relacionamento, problemas com filhos, no
trabalho, entre outros.
A Psicoterapia têm suas origens na Psicanálise e surgiu
quando alguns psicanalistas e teóricos da época de 1930 começaram a discordar
de algumas posições de Freud, no que diz respeito à teoria e técnica.
(GILLIÈRON, 1983/1986). Dentre elas, principalmente, no que diz respeito a
atitude do terapeuta no processo, tais como: a postura ativa do terapeuta em
contraposição à neutralidade e passividade do psicanalista tradicional e a maior
flexibilidade contra a cristalização da técnica que imperava sobre a
Psicanálise nos anos 40
A Psicoterapia é um método
terapêutico, uma aplicação dos conhecimentos de diversas áreas da Psicologia
(Psicologia do Desenvolvimento, Psicopatologia, etc) na construção de uma
prática também conhecida como Psicologia
Clínica.
A psicoterapia é um valioso
recurso para lidar com as dificuldades da existência em todas as formas que o
sofrimento humano pode assumir, como transtornos psicopatológicos, distúrbios
psicossomáticos, traumas, crises existenciais, conflitos interpessoais, estados
de sofrimento etc.
A psicoterapia é também um espaço
favorável ao crescimento e amadurecimento, um lugar/tempo/modo privilegiado de
criar intimidade consigo mesmo, de estabelecer diálogos construtivos e
transformar padrões estereotipados de funcionamento, restabelecendo o processo
formativo e criativo de cada um.
A Psicoterapia oferece uma
oportunidade de compreender e mudar os padrões relacionamento interpessoal. Os
problemas vinculares são fonte de incontáveis sofrimentos, favorecendo a
ocorrência de inúmeras doenças e sofrimentos.
Em alguns casos, a Psicoterapia
cumpre também uma função de educação para a vida, oferecendo um espaço de
aprendizado, com instrumentos e conhecimentos que podem ajudar na orientação e
condução da vida. Esta função torna-se fundamental em situações de
desestruturação decorrente de crises ou casos de imaturidade psicológica,
quando a pessoa se sente verdadeiramente inapta para lidar com os
enfrentamentos e dificuldades em sua vida.
A história da psicoterapia é
relativamente recente. Na verdade, não podemos falar dela propriamente até o
último quarto do século XIX, quando a doença mental foi desvinculada das
concepções sobrenaturais.
Entretanto, nesse meio tempo, a
sociedade sempre teve interesse em explicar alguns fenômenos que ocorriam nas
pessoas, para os quais não se conseguia encontrar uma causa biológica clara.
Se voltarmos aos primórdios mais
distantes, as sociedades tribais falavam de almas que estariam presentes em
todos os objetos naturais. Eles acreditavam no animismo e pensavam que a doença
era um fenômeno de possessão realizado por uma alma estranha.
Os métodos dos quais dispunham
até então eram as cerimônias para a recuperação daquela alma perdida,
exorcismo, confissões e incubação.
Os primórdios da psicoterapia na Grécia Antiga
Um pouco mais tarde, na Grécia e no velho mundo, encontramos a origem da psicoterapia contemporânea e de seu pensamento racional, assim como da filosofia e da medicina.
Neste contexto, Aristóteles
distingue os diferentes usos da palavra ensalmo. Era uma palavra persuasiva de
acordo com a qual o ser humano muda.
Platão apontou os efeitos
benéficos de um belo discurso sobre a alma e o corpo. Algumas de suas
observações sobre as paixões, os sonhos e o inconsciente parecem ser
antecedentes do pensamento freudiano.
Não podemos deixar de mencionar
Hipócrates e Galeno.
O Corpus Hipocraticum é um dos
marcos da medicina moderna. Hipócrates relacionou as doenças com estados do
organismo e postulou a existência de quatro humores corporais associados a um
temperamento, a saber: sangue-sanguíneo, fleuma-fleumático, bílis
amarelo-colérico e bílis negro-melancólico.
Galeno, por outro lado,
desenvolveu postulados hipocráticos e estabeleceu uma distinção entre as coisas
sobrenaturais, as naturais e as não naturais.
A história da psicoterapia na Idade Média
Na Idade Média, a Igreja
considerava a doença mental como um produto da vontade do diabo. A confissão
era o veículo da cura.
Mais tarde, no Renascimento,
autores como Pinel, que introduziu o tratamento moral para os doentes mentais,
começaram a se destacar. Esses pacientes passaram a ser humanizados, e a doença
passou a adquirir uma concepção otimista.
Como já comentamos, a
psicoterapia aparece como tal no século XIX. Cobbe usou o termo “psicoterapêutico”
em um artigo no qual defendeu o papel da fé na cura. Nesta fase, um
elemento-chave era o fato de isolar doenças para as quais uma lesão anatômica
não podia ser encontrada.
Por outro lado, o mesmerismo foi
descartado e a hipnose passou a ser vista como um procedimento aceitável. A
sugestão hipnótica se tornou o procedimento terapêutico mais comum.
A origem da hipnose pode ser
situada no magnetismo animal de Van Helmont. Messmer seria seu principal
representante. Acreditava-se que um fluido físico preenchia o Universo e que o
desequilíbrio desse fluido causava doenças. A cura seria alcançada ao reequilibrar
esse fluido.
Dessa corrente surgiram
seguidores (os “fluidistas”) e opositores (os “animistas”). O Marquês de
Puysegur era um dos animistas. Ele usou a hipnose como um “sonambulismo
artificial”, com o qual permitia ao paciente recuperar memórias que não
conseguiria obter fora daquele estado.
Mais tarde, Braid cunhou o termo
hipnose e o definiu como um sonho nervoso. Posteriormente e com base nesses
avanços, surgiram as escolas de Nancy, com Liébault e Berheim como
representantes.
Eles abandonaram a hipnose
criando o mesmo estado, mas em vigília. Esse estado foi, então, chamado de
“psicoterapia”.
Em 1895 um neurologista vienense
chamado Sigmund Freud publicou com Breuer a obra Estudos sobre a histeria. Com
ela, eles desenvolveram o método catártico, aplicado à paciente Ana O.
Posteriormente, desenvolveram a
associação livre, por meio da qual o paciente se deitava em um divã e
conversava livremente sobre algum assunto de sua biografia.
Desenvolvimento até a atualidade
Depois da psicanálise, surgiram
diversas abordagens alternativas, como a de Carl Rogers, mais centrada na
pessoa. Posteriormente, o behaviorismo foi apresentado como uma ferramenta que
entendia os transtornos como aprendizagem.
No entanto, somente nos anos 60 e
70 a terapia comportamental se consolidou com autores como Skinner e Wolpe.
Além disso, surgiram modelos como
a Psicologia Humanista liderada por Maslow e sua pirâmide de necessidades, e o
Modelo Sistêmico, aplicado principalmente à terapia familiar.
Por outro lado, os modelos
cognitivos apareceram como evolução das teorias comportamentais baseadas na
aprendizagem. Seus representantes são Beck, Ellis, Mahoney e Meichembaum.
Por fim, a partir da década de
90, as Terapias de Terceira Geração começam a emergir. Elas envolvem o retorno
ao behaviorismo radical, levando em consideração a parte cognitiva, mas sem
tentar modificar seu conteúdo, como os racionalistas faziam, e sim focando-se
na relação do paciente com essa parte.
O que está claro hoje em dia é
que a psicoterapia é mais eficaz do que o não tratamento, mas que não seria
possível estabelecer diferenças significativas entre as diferentes abordagens,
e que elas deveriam ser consideradas equivalentes.
Algumas aplicações da psicoterapia
A psicoterapia é um processo que
permite transformações profundas da pessoa, com resultados evidentes em
diversas situações como:
tratamento de transtornos
psicológicos como transtorno do pânico, fobias, transtorno dissociativo,
depressão, anorexia, estresse pós traumático etc.
tratamento de transtornos de
personalidade como transtorno
borderline, transtorno esquizóide, transtorno paranóide, etc
trabalho sobre conflitos
pessoais, conjugais, familiares, interpessoais e grupais que podem produzir ou
contribuir para o sofrimento psicológico.
elaboração de crises
existenciais, de transições difíceis (luto, crises profissionais, etc) e
dificuldades nas mudanças de fases de vida (puberdade, adolescência, vida
adulta, menopausa, envelhecimento, etc.)
A Psicoterapia pode trazer enormes benefícios como:
desenvolvimento da capacidade de
autogerenciamento, ensinando a dialogar com os estados internos, a regular os
estados emocionais e adquirir autonomia.
desenvolvimento da capacidade de
auto-observação, auto-reflexão e mentalização
sair dos padrões estereotipados e
criar novas narrativas de si,novos modos de compreender e conduzir a própria
vida
desenvolver habilidades
interpessoais como capacidade empática – saber se colocar no lugar do outro -,
capacidade de comunicação,
assertividade, resolução de conflitos, etc.
fortalecimento psicológico –
ampliação da resiliência – para aumentar
a tolerância e a capacidade de crescer com as dificuldades que a vida
apresenta.
favorecer um estado de saúde
integrado, físico, psicológico e social.
auxiliar na busca de um sentido
existencial para a vida
amadurecimento psicológico
Os tipos de psicoterapia
Há alguns tipos de psicoterapia,
conforme as necessidades e a configuração dos problemas, sendo os principais:
A psicoterapia psicanalítica foi
fundada por Sigmund Freud. De acordo ele, as pessoas podiam ser curadas
tornando conscientes seus pensamentos e motivações inconscientes. O objetivo da
terapia é trazer à tona emoções e experiências reprimidas, de forma a tornar o inconsciente
em consciente. Ela é capaz de tratar transtornos e perturbações psicológicas,
como a depressão e a ansiedade. No tratamento, é possível resolver tanto os
sintomas, como a causa geradora. O objetivo da psicanálise é facilitar o
processo de cura e reabilitação dos pacientes. O foco da psicanálise está no
subconsciente, e seus métodos envolvem a livre interpretação de ideias,
interpretação dos sonhos e análise de atos falhos.
Psicoterapia Junguiana/Analítica
Na psicoterapia junguiana, o
psicólogo monitora o universo simbólico, focando a terapia nos sonhos. Nesse
caso, há um diálogo entre o consciente e o inconsciente, o que ajuda na
transformação e na ampliação de um olhar interior do paciente. O terapeuta
nesse tipo de psicoterapia leva em consideração que o inconsciente não contém
influências somente da individualidade humana, como também do coletivo. A
psicologia analítica reitera que o meio externo pode alterar os rumos de sua
vida, assim como criar tendências de comportamento.
Psicoterapia Lacaniana
Na técnica da psicoterapia
lacaniana, idealizada pelo estudioso Jacques Lacan, o paciente discorre sobre
tudo aquilo que o incomoda no dia a dia. Nessa terapia, o psicoterapeuta quase
não intervém na fala do paciente, deixando-o discorrer sobre o assunto de forma
livre. Nesse caso, o psicólogo escuta o que o paciente tem a falar, mas também
fica atento às entrelinhas.
Psicoterapia
Cognitivo-Construtivista
Durante a psicoterapia
cognitivo-construtivista, o paciente é incentivado a analisar pensamentos e
emoções negativas. Para o avanço do tratamento, é necessária a construção de
uma consciência emocional, que faz com que o indivíduo crie independência
psicológica, sendo capaz de lidar com seus sentimentos.
Psicoterapia
cognitivo-comportamental
A psicoterapia
cognitivo-comportamental visa identificar e mudar padrões de pensamento e
comportamento que são prejudiciais ao bem estar. O objetivo é substituir estes
comportamentos sabotadores por ideais saudáveis. Normalmente a técnica envolve
o aprendizado de novas habilidades sociais.
Psicodrama
O psicodrama precisa do coletivo
para acontecer. Um grupo encena emoções e situações na vida dos pacientes, e
interagem um com os outros para trabalhar questões pessoais. A técnica promove
a espontaneidade dos sentimentos, produzindo insights transformadores. A
comunicação verbal e não verbal é utilizada nessa modalidade de psicoterapia.
Terapia Interpessoal
A psicoterapia interpessoal é um
tratamento a curto prazo. Ela ajuda os pacientes a entender problemas interpessoais
que estejam causando malefícios para suas rotinas, como por exemplo, lutos não
vivenciados, mudança de papéis sociais ou profissionais, conflitos com pessoas
importantes para o vínculo social, e confrontos externos no geral. A terapia
interpessoal é uma boa ferramenta para a criação de formas saudáveis de
expressar as emoções e melhorar a comunicação com os outros. Ela é comumente
utilizada para tratar a depressão.
Hipnoterapia
A psicoterapia por hipnose é
capaz de introduzir ideias construtivas no subconsciente. Se feita de maneira
correta, ela pode auxiliar na alteração de padrões de comportamento,
pensamento, e sentimento.
Psicoterapia por EMDR
A psicoterapia por EMDR é
relativamente nova, pois teve seu início no final dos anos 80. O método faz com
que ocorra a dessensibilização e o reprocessamento de vivências através da
estimulação dos dois hemisférios do cérebro. Ao contrário de outros tratamentos
que focam em alterar as emoções, pensamentos e respostas advindas de
experiências traumáticas, a psicoterapia por EMDR foca diretamente na memória,
e é aplicada com o objetivo de alterar a forma que as lembranças são
armazenadas em nosso cérebro, reduzindo e eliminando sintomas prejudiciais ao
bem estar.
Fenomenologia
Segundo a psicóloga Ana Lia
Clerot, a psicoterapia por fenomenologia procura compreender a vivência dos
pacientes no meio social e também suas percepções do mundo que os cerca.
Psicoterapia Regressiva
A psicoterapia regressiva utiliza
a hipnose para acessar memórias do passado que estejam causando mal no
presente. Essas lembranças desencadeiam sintomas prejudiciais ao bem estar, e o
papel desse procedimento é fazer com que o paciente analise, compreenda e
supere acontecimentos não resolvidos do passado.
Psicoterapia comportamental
dialética
A psicoterapia comportamental
dialética ajuda o paciente a regular suas emoções. É frequentemente utilizada
para tratar pessoas com pensamentos suicidas e outros distúrbios psicológicos,
como os alimentares e o estresse pós-traumático. Ela cria novas habilidades
sociais nos pacientes, para que seja possível mudar comportamentos prejudiciais
ou disruptivos.
Psicoterapia Infantil
(Ludoterapia)
Psicoterapia voltada para as
crianças, levando em consideração que quando elas brincam, expressam seus
sentimentos e pensamentos.
Psicoterapia corporal
Idealizada por Wilhelm Reich, a
psicoterapia corporal leva em consideração corpo e mente. Nessa vertente,
considera-se que os distúrbios psíquicos e emocionais causam tensões musculares
crônicas. Além da fala como ferramenta para a terapia, especialistas dessa área
também trabalham a respiração do paciente, envolvendo processos de toque,
massagem, expressão sonora, técnicas posturais e alongamentos em consultório, a
fim de atingir o equilíbrio emocional e físico de quem passa por este
procedimento.
Psicoterapia Gestaltista
Na psicoterapia Gestaltista, o
psicólogo faz com que você tenha responsabilidade por si mesmo, agregando maior
relevância para sua vivência individual. Nessa corrente, existe um menor foco
em sintomas e acontecimentos passados, pois leva-se em consideração que o
presente é o único período tangível. Sendo assim, a preocupação pela origem do
problema é reduzida, já que o objetivo é compreender como os dias atuais lhe
afetam, e como você pode alterar a realidade hoje.
Psicoterapia Breve
A psicoterapia breve é um tratamento
a curto prazo, com tempo e objetivos definidos. Normalmente, é indicada para
quem esteja passando por alguma crise emocional aguda, que necessite de melhora
imediata.
Na psicanálise, a postura do
especialista costuma ser neutra e passiva. Já na psicoterapia breve, o
terapêuta se expressa de maneira ativa, e intervém nas falas do paciente
constantemente, visando um tratamento mais intensivo que traga melhorias em um
período pré-determinado.
Psicoterapia em grupo
Na psicoterapia em grupo, se formam rodas de conversas, onde as pessoas podem trocar experiências, identificando-se com as questões alheias. O psicólogo atua como mediador dessa conversa, e os participantes da terapia motivam-se entre si para enfrentar seus problemas.
Psicoterapia em casal
Casais que buscam a psicoterapia
conjunta tem o objetivo de resolver conflitos no relacionamento, visando a
melhora da qualidade de vida. As expectativas de cada um acerca da relação são
expostas em terapia, para que ambas as partes cheguem a um acordo, sem a
ocorrência de frustrações e mágoas.
Críticas à Psicoterapia
Uma das principais críticas
levantadas contra a psicoterapia é aquela que põe em causa a sua eficácia. Em
um estudo frequentemente mencionado, o psicólogo Hans Eysenck descobriu que
dois terços dos participantes haviam melhorado ou recuperado por conta própria
dentro de dois anos, independentemente de terem recebido psicoterapia.
Em uma meta-análise que analisou
475 estudos diferentes, os pesquisadores descobriram que a psicoterapia era
eficaz em melhorar o bem-estar psicológico dos clientes. Em seu livro The Great
Psychotherapy Debate, o estatístico e psicólogo Bruce Wampold relatou que
fatores como a personalidade do terapeuta, bem como a sua crença na eficácia do
tratamento desempenharam um papel no resultado da psicoterapia.
Surpreendentemente, Wampold sugeriu que o tipo de terapia utilizada e a base
teórica do tratamento não tem efeito sobre o resultado.
Para que serve a psicoterapia?
A psicoterapia é uma forma de
ajudar as pessoas a lidarem com uma série de problemas psicológicos ou
dificuldades emocionais. A psicoterapia pode auxiliar na eliminação ou no
controle de sintomas que possam prejudicar nossa vida. Muitas vezes, nos
sentimos tristes, irritados ou ansiosos em níveis desproporcionais, e acabamos
tendo diversas áreas de nosso cotidiano afetadas.
Nossos relacionamentos afetivos e
profissionais ficam comprometidos quando não estamos nos sentindo bem, e nossa
autoimagem é uma das primeiras a serem prejudicadas. Isto acarreta em uma
diminuição de nosso bem-estar, o que consequentemente pode vir a se tornar uma
condição patológica para nossa mente.
É neste momento que a
psicoterapia pode ser útil. Em consultório, é possível sentir-se acolhido por
alguém que está disponível para nos ajudar com nossos problemas. E com as
reflexões promovidas pela psicoterapia, adquirir um maior autoconhecimento e
assertividade acerca de nossas escolhas torna-se uma tarefa menos árdua.
Motivos para fazer psicoterapia:
É essencial ter alguém em quem
confiar e com quem se possa dividir os problemas vivenciados. Compartilhar
ajuda a aliviar a carga emocional e consequentemente se sofre menos.
O processo terapêutico produz a
formação de um vinculo afetivo. Trata-se de uma relação de ajuda, compreensão e
apoio. É mais fácil vivenciar situações difíceis e lidar com sentimentos ruins
através de uma relação autêntica de respeito mútuo do que sozinho.
A psicoterapia funciona como um
ponto obrigatório para se parar e refletir sobre a própria vida. O psicólogo,
através de seu conhecimento, consegue identificar o que pode estar errado em
sua vida. O profissional apontará ainda, a direção na qual você está seguindo e
quais mudanças são necessárias.
O psicólogo verá sua vida com
olhar e perspectiva diferente de você. Assim, o psicoterapeuta te ajudará a
enxergar as situações de uma forma que antes, sem ajuda, você não conseguia
enxergar.
A psicoterapia é um espaço de
liberdade, onde você pode ser quem realmente é e falar sem medo sobre aquilo
que sente. O terapeuta está ali para te ouvir, compreender, ajudar e não para
te julgar.
Sempre que necessário procure a
ajuda de um profissional.
Cuidar da nossa saúde mental e
emocional deve ser um hábito como qualquer outro em nossas vidas.
Duração do tratamento
A duração da psicoterapia irá depender de diversos fatores: O tipo de problema ou distúrbio emocional, as características e o histórico do paciente, as metas do tratamento, e a velocidade em que a pessoa faz progresso na terapia.
Algumas pessoas sentem-se
aliviadas após uma única sessão de psicoterapia. Ter contato com um psicólogo
pode lhe oferecer novas perspectivas de vida, ajudando você a ver as situações
de maneira diferente, além de oferecer alívio para dores emocionais.
A maioria das pessoas pode ser
beneficiada após algumas sessões, especialmente se não passou muito tempo
lidando com a questão sozinha. E mesmo que o seu conflito emocional não vá
embora após algumas sessões, é possível que você se sinta confiante por ter
feito algum progresso ao aprender novas formas de lidar com suas dificuldades.
Pessoas que sofreram traumas, têm
diversos conflitos, ou que não sabem exatamente a causa de sua infelicidade,
podem passar mais tempo realizando o tratamento. É importante não desanimar-se,
pois resultados duradouros vêm com tempo.
Mas, os terapeutas preferem não
fixar um tempo. Afinal, o paciente pode alcançar bons resultados já em cinco
consultas, assim como os benefícios do tratamento podem levar meses ou anos
para serem alcançados. Depende de cada caso.
Existem linhas de psicoterapia
que também são seguidas pelos terapeutas e que têm tempos de reação e
resultados diferentes, influenciando na duração do tratamento.
Fobias simples, sensação de
impotência e questões relacionadas a traumas específicos costumam demandar
tempos menores para alcançar os resultados desejados.
Por outro lado, existem doenças
mais graves que podem levar anos para alcançar o objetivo, tais como os traumas
que atingem as vítimas de abuso sexual ou físico, transtornos de personalidade
ou bipolaridade.
Mesmo durante a terapia, existem
períodos em que o tratamento avança rapidamente e outros em que parece estar
estacionado, dependendo do ponto em que o paciente está sendo trabalhado.
Outro fator que pode interferir
no tempo de tratamento é a periodicidade das consultas.
Na maioria das vezes se aplica o
modelo de duas consultas por semana, mas pode variar de acordo com a
disponibilidade e necessidade do paciente e a linha psicoterapêutica que está
sendo seguida.
O tempo de reação à terapia por
parte do paciente é fator importante na duração necessária de tratamento. Na
maioria das vezes é ele quem determina o tempo e os procedimentos ao longo do
tratamento, até o atingimento dos resultados desejados.
Se o que o paciente busca é
apenas uma avaliação psicológica, o resultado pode ser alcançado em cinco
sessões. Já se a necessidade é de acompanhamento para um transtorno ou
dificuldade de comportamento poderá se prolongar um pouco mais.
Em fim quando os resultados
desejados são alcançados, a terapia já pode ser finalizada. Mas isso deve ser
avaliado entre psicólogo e paciente para que realmente se confirme de que o
tratamento pode chegar ao fim e que o paciente se sente confortável com esta
decisão.
CONTINUA
CONTINUA
SHALOM ADONAY
José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.
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SHALOM ADONAY
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