A ETIMOLOGIA DO TERMO
PARAPSICOLOGIA
Parapsicologia vem do grego "para", "psique" e
"logos" e sugere o significado etimológico de tudo que está
"além da psique", "além da psicologia" ou mais
especificamente, o que está além e, portanto inclui a psique e a psicologia.
Neste sentido, podemos dizer que a Parapsicologia é uma Transpsicologia ou se
correlaciona diretamente com a Psicologia Transpessoal e outras áreas das
investigações mais avançadas, como a Psicobiofísica, Psicotrônica,
Projeciologia e afins. Pode ser compreendido, a partir de um ponto de vista
estrito senso, como o estudo de alegações paranormais e associados à
experiência humana, ou seja, as interações sensoriais e motoras que
aparentemente não são geradas por nenhum mecanismo ou agente físico conhecido.
Esses fenômenos também são conhecidos como fenômenos paranormais ou fenômenos
Psi. O termo "Parapsicologia", criado em 1889 pelo psicólogo Max
Dessoir, foi adotado pelo Dr. Joseph Banks Rhine em 1930 como um substituto
para os termos Metapsíquica e "Pesquisa Psíquica".
Fenômeno psicológico são processos cognitivos que influenciam o
comportamento à partir da significação dada a determinado pensamento e da
percepção sobre uma situação desencadeando idéias disfuncionais, equivocadas ou
exageradas favorecendo assim, as reações emocionais (raiva, tristeza, medo,
nojo ou alegria excessiva, culpa, ansiedade, humilhação, insegurança,
desesperança, entre outras emoções.) também favorece a ativação de reações fisiológicas
tais como: taquicardia, insônia, mãos geladas e trêmulas, sudorese, boca seca,
aperto no peito ou no estômago, falta de ar, entre outras reações. Além disso,
a cognição distorcida da realidade, na qualidade de fenômeno psicológico,
promoverá um comportamento desadaptativo na pessoa. Por exemplo: alcoolismo,
drogadicção, agressividade, impulsividade, compulsão alimentar, entre outros
comportamentos desfavoráveis a uma vida com qualidade.
É muito provável que uma pessoa comprometida com um fenômeno
psicológico estará vivendo transtornos do tipo: depressão, ansiedade
generalizada, pânico, fobias, como solução do problema de vida.
Muitas vezes o fenômeno psicológico está associado a fenômenos
psiquiátricos, isto é, insuficiências neuroquímicas do cérebro. Logo, nesta
situação, se faz necessário o acompanhamento com as duas áreas da saúde. No
caso da Psicologia, esta tratará as questões relacionadas a mente(o pensar, o
sentir e o agir humano) e a Psiquiatria tratará as questões relacionadas ao
cérebro para equilibrar, com medicação, as áreas que apresentarem deficiências.
Os fenômenos psíquicos (do grego psyché: alma, espírito) são estudados
pelo Espiritismo, pela Metapsíquica e pela Parapsicologia, tendo em comum as
ações do agente ou Espírito, ser humano sensível e inteligente, autor das
manifestações.
A Doutrina Espírita considera que há dois tipos as manifestações
psíquicas: a mediunidade e os fenômenos de emancipação da alma (ou anímicos).
Para Allan Kardec, tais fenômenos são considerados naturais. Os
primeiros são intermediados pelos médiuns, isto é, toda pessoa que sente,
num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade é inerente ao
homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo. Mediunidade é a faculdade psíquica que os médiuns possuem, manifestada de
forma mais ou menos intensa, e por meio de uma variedade significativa de tipos
(videntes, psicógrafos, audientes, musicistas, de intuição, de cura, etc.).
A Metapsíquica ou Metapsiquismo indica, segundo interpretação da
Psicologia, “um corpo de doutrinas, sem base no método científico, que se funda
na aceitação da realidade dos espíritos, fenômenos espiritistas, criptestesia,
etc.
A Metapsíquica foi fundada por Charles Robert Richet (1850-1935),
médico francês e Prêmio Nobel de Medicina em 1913, como conclusão dos seus
estudos com médiuns e, sobretudo, com pacientes gravemente obsidiados,
portadores de distúrbios mentais, conforme consta de sua obra Tratado de
Metapsíquica. Richet definiu a Metapsíquica como ciência que tem por
objeto a produção de fenômenos mecânicos ou psicológicos devidos a forças que
parecem ser inteligentes ou a poderes desconhecidos, latentes na inteligência
humana.”
Parapsicologia, surgida no século vinte, é uma disciplina
científica que investiga os fenômenos que, existindo na Natureza, são
inabituais na contigência humana. Em razão da complexidade do assunto, há
duas escolas que interpretam diferentemente as manifestações parapsicológicas:
A norte Americana de Joseph Banks Rhine, de maior aceitação, que
procura explicar os fenômenos como sendo de origem psicológica; e a russa de
Vassiliev, que os procura explicar como sendo de origem fisiológica.
A Parapsicologia é também conhecida como Pesquisa Psi. A
Parapsicologia (do grego para = além de + psique = alma, espírito, mente,
essência + logos = estudo, ciência), significa, literalmente, o estudo do que
está além da psique, viabilizado por individuos popularmente conhecidos como
“sensitivos” ou “psíquicos”.
Enquanto faculdade psíquica, a mediunidade acompanha a evolução
intelectual e moral do Espírito, e se manifesta em qualquer plano de vida, no
físico e no espiritual. Allan Kardec classificou a mediunidade de acordo com a
natureza dos efeitos produzidos durante a manifestação dos Espíritos:físicos e
inteligentes (ou intelectuais). “Dá-se o nome de manifestações físicas às que
se traduzem por efeitos sensíveis, tais como ruídos, movimentos e deslocamento
de corpos sólidos. A mediunidade de efeitos inteligentes ou intelectuais
exige maior elaboração mental por parte do médium, que sempre age como um
intérprete das ideias transmitidas pelos Espíritos.
Charles Richet classificou os fenômenos metapsíquicos em duas
categorias: Metapsíquica Subjetivae Metapsíquica Objetiva, tendo como
referência, respectivamente, a mediunidade de efeitos físicos e a de efeitos
inteligentes, da proposta espírita de Allan Kardec.
Metapsíquica Subjetiva abrange os fenômenos telecinéticos, palavra
derivada de telecinesia (do grego, tele e kinese = mover à distância),
significa capacidade de mover um objeto com a força psíquica (mental), sem
contatos físicos, a longa ou curta distância. A Metapsíquica Objetiva
refere-se a uma classe de fenômenos denominados criptestesia, termo criado por
Richet para especificar o conhecimento que algumas pessoas obtêm de
acontecimentos ou fatos, presentes e futuros, por intermédio da percepção
paranormal, isto é, sem ação dos órgãos dos sentidos. Para o cientista francês
do passado, a telecinesia é possível porque o indivíduo mobiliza, de forma
inconsciente, energias fisiológicas (fluido vital) que impregnam um determinado
objeto, movendo-o. A telecinese seria, então, uma exteriorização do psiquismo
inconsciente.
A Parapsicologia estuda, nos dias atuais, os fenômenos psíquicos de
acordo a seguinte classificaçãoproposta por Rhine:
Fenômenos psicocinéticos, PK(psychokinesis) ou TK (telekinesis), assim
caracterizados por ações diretas do sensitivo no meio ambiente. São fenômenos
psicocinéticos (PK):
a) telepatia —transmissão mental de pensamentos e emoções;
b) clarividência—visualização mental de coisas, acontecimentos, cenas e pessoas
do mundo físico, através de um corpo opaco ou à distância (seria a dupla vista
da classificação espírita);
c) clariaudiência — percepção de sons, ruídos,
frases, músicas, vozes, etc., provenientes do plano físico e do extrafísico,
não percebidos pelas demais pessoas;
d) precognição— previsão de acontecimentos
futuros;
e)retrocognição — relatos de acontecimentos ocorridos no passado,
desconhecidos do sensitivo;
f) psicocinesia— ação mental sobre objetos
materiais, localizados no plano físico, movimentando-os ou produzindo os
efeitos, inclusive alteração de forma.
Fenômenos extrassensoriais (PES: percepção extrassensorial) divididos,
por sua vez, em: Psi-Gama (telepatia, clarividência, clariaudiência,
xenoglosia, etc.), Psi-Kapa(levitação e/ou transportes de objetos e pessoas) e
Psi-teta, que são os fenômenos mediúnicos, propriamente ditos.
A PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL
A percepção extra-sensorial (PES) é uma expressão muito utilizada na Parapsicologia, e envolve as mais diversas faculdades mentais inerentes a algumas pessoas, conhecidas como sensitivas ou psíquicas. Estas capacidades que vão além dos sentidos convencionais presentes em todos, são também denominadas de ‘psi’.
As pessoas dotadas destas habilidades têm uma percepção mais apurada dos eventos e dos objetos à sua volta, sem precisar para isso recorrer aos órgãos dos sentidos mais usados. O primeiro cientista sério e respeitável a estudar estes acontecimentos e a batizá-los de fenômenos extra-sensoriais foi Joseph Banks Rhine, em 1934.
Os eventos extra-sensoriais mais conhecidos são a telepatia – faculdade de perceber o que se passa na mente do outro; a clarividência – habilidade de visualizar acontecimentos e objetos à distância; premonição – previsão do futuro; retrocognição – visão de fatos passados; mediunidade – interação entre vivos e mortos; psicometria – dom de colher dados sobre alguém ou uma localidade ao entrar em contato com um determinado objeto físico.
Este fato levou em 1937 a telepatia ficar em alta. O botânico e parapsicólogo J. B. Rhine havia lançado há pouco o livro New Frontiers of the Mind onde apresentava alegações extraordinárias sobre os experimentos de PES (percepção extrassensorial) na Universidade de Duke. Outro autor muito conhecido do público da época, Upton Sinclair, havia lançado um livro sobre seus experimentos em comunicação psíquica bem sucedidas com a esposa. A assunto era tópico das conversas em todo o país.
Outra percepção semelhante às da modalidade psi, mas que teoricamente não integra o rol das faculdades extra-sensoriais, é a telecinesia, o dom de modificar o universo material somente com o potencial mental. As técnicas de regressão ao passado, até atingir a existência dentro do útero materno, ou mesmo vidas passadas, também estão de certa forma associadas a este quadro extra-sensorial.
Estas faculdades partem do ponto de vista de que é possível perceber eventos por outros meios que não sejam os já tradicionais sentidos físicos – a visão, a audição, o olfato, o tato e o paladar. Embora estas questões estejam em jogo desde o princípio da civilização, a visão moderna sobre este tema só teve início no começo do século XX, quando Rhine, mestre da Duke University, realizou suas primeiras experiências no interior de uma universidade.
Alguns trazem consigo a crença de que todos detêm estas faculdades extra-sensoriais e vivem constantemente, sem consciência disso, episódios em que exercem estas habilidades. Já outras pessoas acreditam que só alguns eleitos, sejam paranormais, xamãs ou médiuns, têm a possibilidade de colocar em ação esta capacidade, ao adentrarem um estado de consciência alterada.
Hoje há uma teoria que explica estas percepções atribuindo-as a causas que transcendem o mundo material, provindas de esferas que são regidas por leis distintas das que conhecemos em nossa existência terrena. Neste outro nível até o tempo e o espaço atuam de forma diversa da realidade que conhecemos.
Esta outra forma de vida é que permite a manifestação de faculdades como as que agem extra-sensorialmente no Homem, habilitando-o a ver coisas, ouvir sons não captados pelos sentidos físicos, ler pensamentos, entre outras capacidades. Com certeza esta explicação ainda não encontra espaço no âmbito da Ciência material, na visão de mundo materialista, assim como as idéias sobre Deus, alma e existência após a morte.
CONTINUA
SHALOM ADONAY
José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.
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