CONHECENDO AS NEUROSES
CONHECENDO AS NEUROSES |
A neurose é conhecida também como psiconeurose ou distúrbio neurótico,
refere-se ao desequilíbrio mental que causa angústia e ansiedade, mas ao
contrário da psicose, a neurose não impede ou afeta o pensamento racional e
está atrelada ao campo psicanalítico.
Transtornos psíquicos são mais comuns do que se pode imaginar. As
neuroses fazem parte da personalidade de muitas pessoas, mas ela pode e deve
ser tratada. Ninguém deve viver com esse sofrimento, já são muitos os problemas
naturais da vida. Portanto, não deixe a neurose se instalar em sua mente.
A neurose deriva seu nome do grego e significa nervo. Os sinônimos são
transtorno neurótico e psiconeurose. Os nomes coletivos do grupo de doenças
funcionais nervosas de transtornos psicogênicos (neurose histérica,
neurastenia, transtorno obsessivo-compulsivo) tendem a ser prolongados. O
quadro clínico destes distúrbios tem manifestações astenicas, obsessivas e
também histéricas. A doença é caracterizada por uma diminuição no desempenho
mental, bem como físico.
Neuroses são transtornos da afetividade que levam as pessoas a
experimentar sentimentos e reações motoras incomuns e/ou incontroláveis, com
perfeita conservação do juízo de realidade. Assim, um neurótico fóbico pode
sentir intenso medo ante uma situação ou um objeto que ele saiba não
representar nenhum perigo. Isto quer dizer que os neuróticos percebem e julgam
a realidade como todo mundo, mas reagem a ela de forma diferente. Essa
característica os distinguem dos psicóticos, que exibem uma alteração do juízo
de realidade. Em termos clínicos isso significa que os psicóticos em geral
apresentam delírios e os neuróticos não.
O termo neurose foi cunhado pelo médico escocês William Cullen
(1712-1790) para descrever uma série de afecções nervosas inespecíficas, que
ele julgava serem orgânicas, mas se popularizou com as teorias de Sigmund Freud
e C. G. Jung, para descrever quadros psicológicos. O reconhecimento dessas
síndromes, no entanto, é muito mais antigo.
O que até a década de 80 do século passado se tratava como neurose
acha-se hoje diluído em várias outras denominações. O DSM III (Diagnostic and
Statistic Manual) da Associação Psiquiátrica Americana, de 1980, e o CID-10
(Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial de Saúde (OMS),
de 1993, aboliram, embora parcialmente, o termo “neuroses” e o substituíram por
“transtornos”: transtorno fóbico-ansioso, transtorno obsessivo-compulsivo (que
passou a ser conhecido como TOC), transtorno dissociativo (de conversão),
transtorno somatoforme, distimia e determinados tipos de depressão, e
neurastenia. O DSM IV aboliu o termo "neurose" completamente. Com
isso, o que aconteceu não foi apenas uma mudança terminológica, mas a passagem
de um enfoque realmente nosológico para outro meramente descritivo. O termo
neurose, no entanto, ainda está firmemente arraigado na consciência das pessoas
e só com o tempo poderá ser desprezado no uso comum.
Em todas as neuroses devem-se distinguir os sintomas, que são
formações psíquicas esdrúxulas, irrazoáveis e incontroláveis, do caráter
neurótico, que é o feitio assumido pela personalidade e ao qual costuma-se
nomear de maneira concordante com os sintomas: caráter fóbico, histérico,
obsessivo etc.
Depois de exposto talvez haja alguém que diga: Mas, o que é Neurose:
Neurose é um quadro psiquiátrico que caracteriza-se por dificuldades
de adaptação por parte do indivíduo, embora este seja capaz de trabalhar,
estudar, envolver-se emocionalmente e estar bem entrosado com a realidade.
Uma pessoa neurótica está permanentemente em conflitos psíquicos que a
impedem de aproveitar a existência de forma prazerosa.
A neurose geralmente tem início na infância e acompanha a pessoa por
toda a vida, com grande indicação de psicoterapia para o seu tratamento.
NEUROSE E A PSICANÁLISE
De acordo com a psicanálise, a maioria das pessoas é afetada de alguma
forma pela neurose, seja a partir de uma angústia ou ansiedade, alguma
expectativa desagradável ou ainda um medo sem causa, indefinível, mas que toma
o sujeito completamente.
Como doença a neurose representa uma variedade de condições
psiquiátricas, nas quais a angústia emocional ou conflito inconsciente são
expressados através de várias perturbações que podem ser físicas, fisiológicas
e/ou mentais. O sintoma definitivo é ansiedade. Tendências neuróticas são
comuns e podem se manifestar como depressão, ansiedade aguda ou crônica,
tendências obsessivas-compulsivas, fobias e até desordens de personalidade.
Neurose não deve ser confundida com psicose, a qual refere-se à perda de
contato com a realidade.
O termo conota uma doença ou desordem real, porém sob sua definição
geral, a neurose é uma experiência humana normal. Segundo a psicanálise, a
maioria das pessoas é afetada pela neurose de alguma forma. Um problema
psicológico desenvolve quando a neurose começa a interferir com o funcionamento
normal do indivíduo, causando ansiedade. De acordo com a teoria da psicanálise,
neurose pode ter raízes nos mecanismos de defesa do ego, porém os 2 conceitos
não são sinônimos. Mecanismos de defesa são uma forma normal de desenvolver e
manter um sentido consistente de si mesmo (ego), enquanto somente aqueles com
pensamentos e comportamentos que produzem dificuldades para viver devem ser
classificados como tendo neurose.
NEUROSE FÓBICA
O sujeito exterioriza sua angústia através das fobias. Ocorre a
fixação da angústia sobre situação ou objeto específico, mantendo um
comportamento de evitação do objeto que teme, em uma tentativa de fuga daquilo
que ele representa.
NEUROSE DE ABANDONO
Denominação introduzida por psicanalistas suiços (charles Odier,
Germaine Guex) para designar um quadro clínico em que predominam a angústia do
abandono e a necessidade de segurança. Trata-se de uma neurose cuja etiologia
seria pré-edipiana. Não corresponderia necessariamente a um abandono sofrido na
infância. os sujeitos que apresentam esta neurose chamam-se
"abandônicos".
NEUROSE HISTÉRICA DISSOCIATIVA
Reação histérica em o que o paciente se defende de seus conflitos por
meio de dissociação: confusão, personalidade múltipla, amnésia, etc.
NEUROSE DE ANGÚSTIA
Tipo de doença que Freud isolou e diferenciou:
Do ponto de vista sintomático, da neurastenia, pele predominância da
angústia (espera ansiosa crônica, acessos de angústia ou equivalentes somáticos
desta);
Do ponto de vista etiológico, da histeria. A neurose de angústia é uma
neurose atual, mas especificamente caracterizada pela acumulação de uma excitação
sexual que se transformaria diretamente em sintoma, sem mediação psíquica.
NEUROSE DE DESTINO
Designa uma forma de existência caracterizada pelo retorno periódico
de encadeamentos idênticos de acontecimentos, geralmente infelizes,
encadeamentos a que o sujeito parece estar submetido como a uma fatalidade
exterior, ao passo que, segundo a psicanálise, convém procurar as suas causas
no inconciente, e especificamente na compulsão à repetição.
Qualquer que seja o tipo das neuroses que estão lhe encomodando
estamos prontos para atender a sua necessidade, livrando você destas e de
outras neuroses que possam surgir.
NEUROSE DE CARÁTER
Conceito psicanalítico que descreve os traços de caráter umas vezes
como derivações de fases do desenvolvimento (caráter oral ou anal) e outras
vezes como análogos de sistemas particulares (caráter histérico ou obsessivo).
Os sinais da neurose de caráter são considerados como sendo
intermediários entre traços normais de caráter e sintomas neuróticos. O termo
não é o mais adequado, uma vez que pode incluir qualquer transtorno da
personalidade e do comportamento.
NEUROSE DE COMPENSAÇÃO
Neurose de compensação são sintomas psiquiátricos induzidos,
exacerbados ou prolongados devido a políticas sociais ou socioculturais. É
diferente da "compensação" enquanto processo psicológico.
Pode ocorrer entre vítimas de acidente que estão em litígio para
conseguir compensação legal, veteranos de guerra que pedem pensões ligadas ao
serviço e pacientes psiquiátricos que procuram benefícios por incapacidade
junto ao seguro social.
É frequente sobretudo em sociedades que têm seguros por acidentes,
encapacidade e invalidez, pensões especiais para veteranos de guerra e
indenizações para trabalhadores.
NEUROSE DEPRESSIVA
Neurose depressiva é a ausência de sintomas ou sinais de depressão
endógena, devido a sua relação causal com uma determinada situação ou evento
estressante e também pela sua ligação com um padrão de personalidade
mal-adaptativo.
NEUROSE E PSICOSE
Psicose é um transtorno mental de origem orgânica ou emocional, em que
a capacidade para pensar, responder emocionalmente, lembrar, comunicar,
interpretar a realidade e se comportar de forma apropriada está
consideravelmente prejudicada, ao ponto de interferir substancialmente com a
capacidade de atender as demandas comuns da vida.
Já na neurose, o indivíduo tem uma dificuldade de adaptação causada
por conflitos psíquicos que o impedem de viver prazerosamente. Porém, este é
capaz de trabalhar e relacionar-se com outras pessoas de forma apropriada,
estando bem ciente da realidade.
NEUROSE OBSESSIVA
Para Freud (1926), o neurótico obsessivo utiliza-se de duas técnicas
substitutivas ao recalcamento: o “tornar não acontecido” e o “isolar”. Na
primeira delas, o sujeito tenta dissipar o acontecimento como se nunca houvesse
acontecido. A compulsão à repetição tem uma explicação segundo essa técnica, já
que tornando o evento não acontecido, ele é repetido para que, na segunda,
terceira vez, aconteça da maneira como o sujeito deseja. Já o “isolamento” é
representado por uma pausa logo após o acontecimento. Essa pausa é importante,
pois destitui a vivência de afeto. Ou seja, o acontecido não é esquecido, mas
isolado de sua carga afetiva e de qualquer relação associativa. Na história do
“Homem dos Ratos”, um dos primeiros acontecidos que ele conta a Freud, são suas
experiências com a sexualidade na infância. Lembra do que aconteceu, porém sem
afetos, como se tudo o que aconteceu fosse bastante racionalizado. Um exemplo
de “tornar não acontecido” também aparece no “Homem dos Ratos”, quando o
sujeito suprime o fato de que haviam lhe dito que a dívida deveria ser paga
diretamente nos correios. Já que ele acha que se pagar a dívida, o castigo dos
ratos acontecerá com a dama, precisa dificultar ao máximo esse pagamento e,
pagá-lo aos correios, seria extremamente simples. E, a partir dessas técnicas
substitutivas, surge o sintoma.
Manifestações
É possível distinguir três tipos de manifestações.
As ideias obsessivas
caracterizam-se por serem injustificadas, constantes e atormentadoras. O
conteúdo é muito variável: temas religiosos, de natureza física ou espiritual,
metafísicos, a preocupação pela proporção e ordem das coisas, o decorrer do
tempo... Em qualquer caso, o que mais sobressai nestas ideias é a predominância
da dúvida em detrimento das respostas e soluções práticas.
Os receios obsessivos,
igualmente injustificados e persistentes, podem manifestar-se após qualquer
situação interpretada como sinal de mau augúrio, como é o caso de uma pequena
ferida que pode infectar, agravar, provocar uma doença grave, pôr em perigo a
vida...
Os atos compulsivos
consistem em rituais complexos, elaborados e supersticiosos, realizados com o intuito
de prevenir situações de perigo, e consistem em excessivas verificações, em
lavar as mãos com uma frequência exagerada ou realizar sistematicamente vários
gestos ao passar por um determinado sítio.
Evolução
Caso as manifestações sejam ligeiras e desencadeadas por
circunstâncias pontuais, o prognóstico costuma ser favorável. Por outro lado,
quando as ideias, receios e actos obsessivos são intensos, podem captar toda a
energia do paciente, perturbando progressivamente a realidade pessoal.
NEUROSE HISTÉRICA
A neurose histérica, ou simplesmente histeria, caracteriza-se pela
existência de alterações transitórias da consciência, tais como períodos de
amnésia ou perda de memória, e por diversas manifestações sensitivas ou
motoras, igualmente passageiras e perturbadoras, tais como tiques, perda da
sensibilidade cutânea, paralisia dos membros, cegueira ou convulsões.
O problema, muito mais frequente nas mulheres do que nos homens,
costuma afectar pessoas com personalidade histérica, ou seja, uma personalidade
caracterizada por uma forte tendência para ser o centro das atenções, para
seduzir e sensualizar as reacções afectivas e sociais, teatralizar os conflitos
e manipular ou confundir a realidade. Um outro traço importante deste tipo de
personalidade é um evidente poder de auto-sugestão, o que torna estes
indivíduos vulneráveis e dependentes nas relações pessoais, podendo
perturbar-lhes as suas percepções sensoriais.
Por outro lado, do ponto de vista psicológico, considera-se que a
histeria possa ser provocada por conflitos vividos ao longo da infância, os
quais tenham sido reprimidos e posteriormente esquecidos, mas que são, alguns
anos mais tarde, inconscientemente activados perante determinadas situações. De
acordo com esta perspectiva, estas manifestações também poderiam provocar um
efeito secundário benéfico ao paciente, pois desta forma poderiam conseguir
iludir certas responsabilidades ou receber mais atenção das pessoas que o
rodeiam.
Manifestações
A histeria permite vários tipos de manifestações psíquicas e físicas
que se costumam evidenciar sob a forma de episódios passageiros. As manifestações
mentais mais comuns são os episódios denominados acidentes psíquicos, de perdas
da memória de uma determinada época da vida, de situações de multiplicação da
personalidade, de estados de sonambulismo, de crises de perda da consciência e
de alucinações. As manifestações físicas, sob a forma de episódios designados
acidentes somáticos, podem afectar o funcionamento de todos os órgãos ou
sistemas e correspondem a fenómenos tão diferentes como perdas da mobilidade ou
contraturas musculares de um membro, crises de dor abdominal, estados de
cegueira passageira ou perdas da sensibilidade cutânea.
Evolução
Embora a personalidade histérica seja crónica, por definição, a
neurose histérica não se costuma prolongar por muitos anos, excepto nalguns
casos em que predominam as manifestações físicas.
A NEUROSE SAUDÁVEL
Se é que podemos dizer que existe uma neurose que seja saudável, entretanto,
existe um conceito de “neurose saudável” foi proposto no ano 2000, que é
baseado em um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos. Apesar de não saberem o motivo, os cientistas acreditam que a
instabilidade emocional pode levar as pessoas a procurarem atendimento médico
com mais frequência. Assim sendo, esta atitude resultar em diagnósticos
precoces e tratamentos mais efetivos em casos de doença.
Segundo os pesquisadores da neurose saudável, o estudo mostra que o
relacionamento varia com a forma como as pessoas classificam sua saúde. Porque,
quando as pessoas se consideravam muito saudáveis não veem motivo de procurarem
um médico, entretanto, o fato de serem neuróticas muda esta atitude e o
benefício. Afinal, entre as pessoas que classificaram sua saúde como razoável
ou ruim, a neurose parece ter um pequeno efeito protetor contra a morte prematuro
devido o fato da procura por ajuda.
O que significa que as tendências a hábitos não saudáveis, como fumar,
consumir álcool em excesso, ser sedentário e alimentar-se mal, por exemplo,
podem ser maiores entre pessoas emocionalmente instáveis. Entretanto, segundo o
estudo da neurose saudável, a neura da uma maior preocupação ou vulnerabilidade
não leva as pessoas a se comportarem de forma mais saudável, mas o caso delas
sempre estarem no médico pode evitar uma morte súbita ou precoce.
Assim sendo, o estudo mostrou também que os participantes que
atingiram os maiores níveis relacionados a preocupação e sentimento de
vulnerabilidade tinham um menor risco de morrer, independentemente de como se
sentiam.
Após seis meses de estudo e levantamento, os cientistas descobriram
que níveis mais altos de neurose estavam associados a um menor risco de morte
prematura.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de
Edimburgo, no Reino Unido, analisaram dados de mais de 500.000 pessoas, entre
os 37 e 73 anos de idade, que responderam a perguntas sobre comportamento,
condições de saúde e como se sentiam. Eles também completaram avaliações de
personalidade para definir qual era o nível de instabilidade emocional de cada
um.
Os estudos apontaram ainda que entre os que se consideravam frágeis ou
menos saudáveis do que o normal, aqueles que atingiram níveis mais altos de
instabilidade emocional eram menos propensos a morrer mais cedo, principalmente
de câncer, isto em comparação dàqueles com níveis menores de neurose.
NEUROSE INDUZIDA
A indução de uma condição “neurótica”em uma pessoa normal foi descrita
primeiramente por Pavlov. Pavlov condicionou um cão a diferenciar entre
um círculo e uma elipse. Ele começou apresentando ao animal o estímulo do
círculo e imediatamente o alimentando. Quando esta resposta estava bem
estabelecida, Pavlov apresentou o segundo estímulo, que consistia numa elipse
com semi-eixos, na proporção de 2:1. A apresentação da elipse não era seguida
por nenhum reforço; de forma que o cão aprendeu rapidamente a diferenciar entre
os dois estímulos. Pavlov começou, então, a alterar a forma da elipse, de
maneira a torná-la progressivamente mais circular (a proporção dos semi-eixos
foi aumentada para 3:2, 4:3 e assim por diante). Quando a proporção chegou
finalmente a 9:8, o cão começou a ter extrema dificuldade em fazer a distinção
correta. O mais significativo nesta fase da experimentação, entretanto, era a
mudança de comportamento que acompanhava a inabilidade do cão em responder
corretamente.
O cão, até então, quieto, começou a ladrar, mexia-se sem parar, mordeu
e dilacerou os instrumentos para a estimulação mecânica da pele, e avançou nos
canos que faziam a ligação entre o quarto do animal e o lugar do observador –
um comportamento não observado antes. Tendo sido levado para dentro do quarto
de experiência o cão latia violentamente. (Pavlov, 1927 – págs. 290-291).
Pavlov usou o termo “neurose experimental” para descrever o
comportamento que ele próprio induzira. Este importantíssimo estudo demonstra
dramaticamente que uma condição neurótica pode ser estabelecida numa pessoa
“normal”, quando essa pessoa é colocada numa situação altamente ambígua, na
qual a descriminação apropriada se torna impossível. A neurose experimental foi
realmente uma resposta aprendida e, como tal, sugeriu uma explicação
alternativa à teoria psicanalítica da neurose, que precedeu a pesquisa de
Pavlov.
Desde este estudo inicial, muitos pesquisadores demonstraram que as
neuroses podem ser produzidas artificialmente, em animais ou seres humanos, por
procedimentos experimentais. Russell apresentou uma revisão detalhada
destes estudos e Wolpe deu continuidade à discussão de algumas
conseqüências das neuroses induzidas experimentalmente. Dois pontos chaves
emergem do conjunto de pesquisas que são essenciais ao propósito deste artigo:
a) É claro que uma condição neurótica ou padrão de comportamento podem
ser induzidos num ser normal através da manipulação ambiental;
b) uma das maneiras pelas quais uma neurose experimental pode ser
induzida é colocar o paciente numa situação tão ambígua que a discriminação de
uma resposta correta ou apropriada se torna impossível. O cão de Pavlov
imobilizou-se por sua inabilidade em responder corretamente, baseado num
conceito ambiental altamente confuso. Os seres humanos não são imunes a um
padrão de ansiedade semelhante e quando são expostos a situações de igual ambiguidade
e opções impossíveis para responder.
SINAIS DE UMA NEUROSE
Os principais critérios, bem como os sinais pelos quais a neurose é
identificada são: fatores de origem psicogênicos, bem como a descompensação de
manifestações dolorosas, a ausência de sinais psicóticos, a ausência de
demência, o aumento das mudanças de personalidade, a natureza dolorosa das
manifestações psicopatológicas, a atitude crítica em relação ao paciente
SINTOMAS
Os sintomas de uma paciente que sofre de Neurose, seja lá qual for o
tipo, são ansiedade, medo de ir a determinados lugares, medo de determinadas
situações antes corriqueiras, depressão
e preocupação constante, histeria, fobias diversas, entre outros.
O paciente acometido por algum tipo de Neurose sofre constantemente de
alterações comportamentais e de humor que provocam limitações no próprio jeito
de ser e de levar a vida. Os sintomas aparecem muito rapidamente e precisam ser
identificados na mesma velocidade para evitar que os medos, fobias e inconstâncias
do paciente atrapalhe de alguma forma a sua vida pessoal, profissional ou
afetiva.
Segundo os especialistas, os sintomas aparecem rapidamente e devem ser
tratados com a mesma velocidade, para impedir que a pessoa seja prejudicada em
sua vida afetiva, social e/ou profissional.
Os sintomas das neuroses são, geralmente, parecidos com os sintomas de
outras enfermidades ligadas à mente. Os sintomas estão normalmente ligados ao
excessivo e ao incontrolável. Eles variam de acordo com o tipo de neurose:
Angústia: o sintoma principal desta neurose é a angústia.
Obsessiva: a obsessão é o principal sintoma e o TOC (Transtorno
Obsessivo Compulsivo) é uma de suas principais características.
Histérica: a histeria é muito estudada na psicologia e alguns personagens
literários foram descritos como tal. O maior exemplo talvez seja a personagem
Emma, protagonista do clássico Madame Bovary. As principais características
desta neurose são conflitos entre o psicológico e a realidade. Estes conflitos
podem causar reações orgânicas ao indivíduo que padece dela.
Fóbica: o sintoma principal é a fobia. Grande parte dos casos de
neuroses encontram-se neste nicho. A fobia pode se caracterizar pelo medo de
animais, sensações, lugares, etc.
CAUSAS DAS NEUROSES
Um fator importante que causa neuroses são conflitos humanos, internos
e externos. Para o exterior, atribuímos o efeito de certas circunstâncias que
causam trauma no plano psicológico, bem como sobretensão emocional prolongada e
afetam a esfera intelectual da psique.
Neurose é a norma dos nossos dias e entrou firmemente em nossa vida
desde a época de Freud. Atualmente, não há mais uma questão de autenticidade de
sua existência, há uma questão em relação a uma pessoa em seu estado (neurose)
e problemas mentais. Alguns ampliam seu sofrimento e os enobrecem, encontrando
seu significado neles. E outros sofrem com eles todas as suas vidas
conscientes, e também tentam mantê-los ignorados, ou a sua própria maneira de
interpretar, mas mais frequentemente fogem deles no trabalho ou na religião, em
outra pessoa, na fantasia, na doença, no álcool e então esquecem .
A neurose é atribuída a transtornos funcionais temporários do sistema
nervoso, que ocorrem sob a influência de fatores agudos, bem como
longitudinais, psicotraumáticos. As causas das neuroses são excesso de fadiga,
fadiga ambiental, efeito da radiação, doenças graves transferidas.
Pavlov caracterizou a neurose como uma doença crônica com uma violação da maior atividade nervosa que surgiu após o excesso de esforço no córtex dos hemisférios cerebrais.
Outras teorias psicanalíticas consideram a neurose, bem como seus
sintomas, a conseqüência do conflito psicológico profundo. Acredita-se que este
conflito surge numa situação social e esta situação interfere na satisfação das
necessidades básicas e também representa um perigo ou ameaça para o futuro da
pessoa que ele está tentando, mas tampouco pode superar ou mudar.
Sigmund Freud acreditava que a origem da neurose é devido às
contradições que surgiram por causa da atração instintiva (It) e da proibição
do Super-I. Esta proibição representa a moral, bem como as leis da moral, que
são colocadas no homem desde a infância.
Karen Horney argumentou que a neurose é uma defesa contra fatores
sociais adversos. Isso pode ser a humilhação, o controle parental do amor, o
isolamento social, o desprezo, bem como o comportamento agressivo dos pais em
relação à criança. Para proteger de alguma forma, a criança tem uma espécie de
proteção: das pessoas, depois se deslocam para as pessoas, bem como contra as
pessoas. O movimento das pessoas é uma necessidade de liberdade, independência,
longe das pessoas. O movimento para as pessoas inclui uma necessidade de amor,
submissão, proteção. O movimento contra as pessoas é uma necessidade de glória,
um triunfo sobre as próprias pessoas, em sucesso, em reconhecimento; é lidar
com a vida de forma independente e ser forte.
Cada neurótico tem todos os três tipos, mas apenas um domina, então as
pessoas que sofrem de uma neurose são divididas em separado, subordinado,
agressivo.
Até à data, existem fatores psicológicos no desenvolvimento das
neuroses, que são entendidos como características e condições do
desenvolvimento da personalidade, bem como a educação, o nível de
reivindicações e relacionamentos com a sociedade; e fatores biológicos, pelo
que se entende a insuficiência funcional de certos sistemas neurofisiológicos,
bem como neurotransmissores que tornam os doentes susceptíveis a influências
psicogênicas
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico para a Neurose é feito com base na análise dos sintomas
e alterações apresentados pelo paciente e através de exames de análise das
funções cerebrais e comportamentais do paciente. Exames como o
eletroencefalograma, que analisa as funções do sistema nervoso central, por
exemplo, são extremamente importantes para se conseguir um diagnóstico seguro
para esse tipo de doença.
Existe também uma serie de perguntas que visam ajudar no diagnostico,
entretanto, não quer dizer estas perguntas ditam de fato a conclusão
definitiva, sempre frisamos que haja uma avaliação por profissionais
competentes nesta área. Segue o questionário:
Você tem medo de estar sozinho, sair de casa,
Você se sente diferente
Você frequentemente negligencia seus afazeres
Você já tentou o suicídio
Você precisa de tranquilizantes
Você assume mais responsabilidades do que pode?
Você vive tenso, incapaz de relaxar e não consegue dormir?
A tensão, ansiedade e preocupação afetam o seu trabalho?
Você sente que outras pessoas não o compreendem ou não compreendem
seus problemas?
Você sente que outras pessoas “estão te olhando” quando você trabalha
ou está em público?
Você se sente perseguido, sem haver motivos suficientes para que isto
seja verdade?
Você acha que seu casamento ou relacionamento está em perigo?
Você tem problemas sexuais?
Você sente que a vida já não tem “sentido”?
Você fica tão irado?
Você tem problemas sexuais?
Você vive chorando?
Você se sente culpado?
Você sofre de depressão?
Você perde o controle frequentemente?
Acrescente como comentário, se deseja, outras questões cuja resposta
SIM indiquem que a pessoa é neurótica.
Se respondeu SIM a:
1 pergunta: é possível que você seja uma pessoa neurótica
2 perguntas: é bem provável que você seja uma pessoa neurótica
3 ou mais perguntas: é quase certo que você seja uma pessoa neurótica
Neste caso se faz necessário o acompanhamento de um médico
especialista, psicológico ou psiquiátrico, de acordo com cada quadro, também se
faz importante para que a doença seja diagnosticada e para que se haja um
direcionamento correto para cada tratamento.
DIAGNÓSTICO DA NEUROSES PELAS CORES
A neurose da personalidade é diagnosticada por repetição repetida da
preferência pelas seguintes cores (cinza, roxo, preto, marrom).
Cores rejeitadas por pacientes com síndrome histérica - vermelho, bem
como púrpura.
O tratamento das neuroses envolve uma variedade de métodos. Nós
incluímos exercícios físicos - exercícios físicos (aeróbica, natação, corrida,
caminhada rápida). Tudo isso estimula o trabalho do coração e o enriquece com o
oxigênio. Exercícios físicos são realizados até 5 vezes por semana durante 15
minutos.
Os métodos de tratamento de neuroses incluem a terapia de cor. A cor
certa para o cérebro é útil, como vitaminas para o corpo. Para extinguir raiva,
irritação - evite a cor vermelha. No momento do início de um mau humor, exclua
do guarda-roupa preto, tons azuis escuros, rodeie-se de tons claros e quentes.
Para aliviar a tensão, observe os tons azuis e esverdeados. Substitua o papel
de parede da casa, escolha a decoração apropriada.
Um método eficaz de tratamento de uma neurose é considerado terapia de
música, que é selecionado de acordo com o humor, então a música é alterada na
direção de mudar o humor desejado. Então aconselhou Bekhterev. O efeito forte e
o bom resultado dão música simples - músicas, romances. Os pesquisadores
franceses são tão aconselhados a usar o mecanismo da ação da música. Primeiro,
determinamos a melodia que é responsável pelo estado da mente no momento. Em
seguida, uma melodia é selecionada, capaz de suportar a ação da primeira
composição, neutralizando-a. Ao escolher a segunda melodia guiada pelo fato de
que era arejada, leve; dando, consolo desejado e esperança inspiradora. Ao
escolher a terceira música, a música é selecionada com o maior impacto
emocional. A música deve ser dinâmica, ter confiança, vontade e coragem.
PREVENÇÃO
A prevenção para esse tipo de problema é feita com base no controle e
no equilíbrio psicológico e comportamental de cada paciente. Respirar, pensar
ates de agir, evitando o impulso, e levar uma vida longe de preocupações que
possam lhe tirar de um fluxo natural da vida podem ser muito importantes para
prevenir esse transtorno. Bons relacionamentos pessoais e uma vida saudável são
ótimas dicas par a prevenção.
A prática de exercícios físicos também auxilia o paciente, que deve
evitar o uso de drogas e do álcool.
TRATAMENTO
Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se
convertia, com o tempo, numa doença crônica. Hoje em dia, felizmente, as
pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e lavar uma
vida normal como qualquer outra pessoa.
O tratamento para um paciente acometido pela Neurose é feito,
basicamente, com terapias e sessões com médicos especialistas. Os métodos da
psicoterapia, sempre com acompanhamento de psicólogos ou psiquiatras, são os
melhores para esse tipo de tratamento. Em casos mais graves, quando o
transtorno já está mais evoluído, os médicos podem recomendar ainda a ingestão
de tranquilizantes e de antidepressivos para equilibrar o comportamento do
paciente.
O tratamento para neuroses é bastante parecido com outros tratamentos
de transtornos psíquicos. O acompanhamento psicoterapêutico é ainda o principal
tratamento e, em alguns casos, medicação antidepressiva e tranquilizante pode
ser uma opção para o tratamento.
A neurose pode e deve ser tratada. Existem vários métodos psicológicos
de lutar com esta doença, que vão desde a psicoterapia interpessoal por terapia
cognitivo-comportamental, até relaxamento progressivo ou meditação. Em casos
mais graves, os medicamentos são aplicados. Também podemos lutar sozinhos para
impedir os ataques de pânico e fobias principalmente usando uma variedade de
técnicas de relaxamento. A capacidade de soltar e relaxar é muito importante na
luta com a ansiedade. Mesmo benéficos podem ser exercícios de respiração. Por
vezes, a presença da outra pessoa pode ser suficiente para ultrapassar a
preocupação dentro de nos. Um bom método é também uma distração de algo que
causa medo e movê-la para outro objeto.
A forma de tratamento, a médio prazo, mais utilizada é a psicoterapia,
adaptada às necessidades específicas de cada caso, de modo a que o paciente
possa enfrentar de forma eficaz os conflitos com o meio que o rodeia. Caso a
gravidade das manifestações o aconselhem, deve-se recorrer, ao mesmo tempo, à
administração de medicamentos tranquilizantes ou antidepressivos durante
determinado período de tempo ou com alguma periodicidade. Em alguns casos
graves de neurose, é necessário proceder à hospitalização do paciente, com
vista a atenuar as suas manifestações ou prevenir situações de risco, como acontece,
por exemplo, perante as típicas ameaças ou tentativas de suicídio da histeria.
ALIMENTAÇÃO QUE COMBATE A
NEUROSE
Em caso de fadiga, bem como overstrain, tente suco de uva a cada 2
horas para 2 colheres de sopa. colher, peixe salgado eficaz em pequenas
quantidades, bem como uma decocção de batatas quentes com casca. Prepare uma
sobremesa: para um copo de leite quente, uma gema, açúcar. Beba quente.
Nozes trituradas misturadas com mel, pegue uma colher de chá até três
vezes por mês.
Na dieta deve necessariamente ser alimentos contendo iodo: frutas de
irgi, feijoa, couve de mar.
Em um período de excitação nervosa, bem como lágrimas ou insônia, leva
até 15 gotas de valeriana. Use o banho de decocção de raízes de Valeriana. Para
fazer isso, tome 60 gramas de raiz, ferva por 15 minutos, deixe-o ferver
durante 1 hora, estude e despeje na banheira. A duração do banho não é superior
a 15 minutos.
À noite, tome uma tintura da erva sorveira por um mês, e à noite beba
um copo de leite quente; O sono é recomendado em uma almofada recheada com
absinto, bem como cones de lúpulo.
O tratamento das pessoas na neurose inclui muitos remédios que
melhoram o sono, mudam de humor, enquanto aliviam o estresse, bem como a
irritabilidade.
Todos podem escolher um meio eficaz de tratar neuroses com ervas.
Por exemplo, um art. colher de grama, relógio de três folhas, raiz de
valeriana, folhas de hortelã-pimenta derramam um copo de água fervente e,
depois, insista, filtre e beba até 100 ml a 2 vezes por dia por mês.
Em caso de sono inquieto, a fraqueza geral, a neurastenia afetada deve
ser uma colher de chá de verbo vegetal para um copo de água fervente, então
insista uma hora, tome pequenos sorvetes durante o dia.
Bom efeito de folhas secas de capim de pepino, despeje 2 colheres de
sopa de água fervente íngreme, insista, filtre, adicione açúcar e beba ao longo
do dia, somos tratados um mês.
A NEUROSE SUBJETIVA
Atualmente existem um número substancial de pessoas e até mesmo cristãos
que se acham presos a uma luta frenética e neurótica a fim de conseguirem se
apropriar plenamente da graça e do poder de Deus para suas vidas com o fim de
se sentirem melhor que as outras pessoas. Porém, estes indivíduos ma tentativa exaustiva
de anularem suas vidas, mortificar a carne e dar o controle total a Cristo com
intuito de preencherem o vazio de suas existências, cometem o erro de não se
entenderem e compreenderem que somos mutáveis e que mudamos cada dia, seja para
melhor ou para pior. Essa mutabilidade coloca nossa existência em uma paranoia
coletiva que dar evasão ao surgimento da neurose coletiva e individual.
Não que esteja questionando a sinceridade da fé destas pessoas que
desejam mudar, pode-se observar que estes frequentemente ficam paralisados e
imobilizados em sua luta pragmática a fim de anularem sua existência ou morrerem
para que Cristo viva. Entendo que eles desejam na verdade é controlar seus mais
sujos desejos e seus anseios que debilitam suas mentes. Entretanto, o controle
está aquém de nós mesmo sem que haja um profundo autoconhecimento de si mesmo.
Afinal, cada decisão na vida real os lança numa dúvida infindável para
saber se estão dando voz a seus próprios desejos e tendências humanas. A
ansiedade que acompanha cada decisão pode ser medida em proporções clínicas. Os
seus lideres que são inundados por pedidos de conselho, por parte destas
pessoas, geralmente se sentem frustrados em seus esforços para reduzir o
conflito apresentado. Porque eles mesmos não podem e não sabem domar seus próprios
desejos profanos.
Este fenômeno não dever ser desconhecido para a maioria das pessoas.
Quase todos os adeptos de uma fé evangélica experimentam esta luta até certo
ponto e conhecem outros que parecem se encontrar aprisionados nesta situação, e
sem esperança. Frequentemente há uma tendência para se julgar os cristãos que
se encontram nesta situação como inerentemente nervosos, instáveis ou, de
alguma forma, desequilibrados. A proposição é que estes sejam cristãos ou não,
são na verdade neuróticos que calham de ser ou querer ser cristãos para sair de
sua neura em ser uma pessoa que nem eles sabem como ser.
A tendência da Igreja é encorajar estas pessoas a orar mais, estudar
mais as Escrituras, ou confiar na direção divina como meio de resolver seus
conflitos. Este conselho, entretanto, pode servir para aumentar a ansiedade e a
frustração destes, porque, muitos deles já estão envolvidos nesta questão que
os levam a serem na verdade neuróticos por falta de compreensão de si mesmos.
Provavelmente, seja por isso que o salmista afirme: Como é feliz aquele que não segue o
conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda
dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei
MEDITA DIA E NOITE. Salmos 1:1,2. Esta meditação, ou melhor, dizendo esta autoanalise
leva o indivíduo a compreensão intrapessoal e não a conselho dos outros.
Assim sendo, todos são totalmente neuróticos quando acreditam que
devemos estar alinhados com o todo social, sem considerar que o todo, quando em
um comportamento coletivo, normalmente é chamado de histeria, de turba e o que
se aprende aqui não é verdade em outro lugar e, o que é neurose lá pode muito
bem não ser aqui. A individualidade é o equilíbrio, entretanto se formos
formados, adquirindo o conhecimento nas Américas e estivermos no oriente médio
seremos mais que neuróticos.
Daí que chegamos ao contexto final. Todo o conhecimento neste nosso
mundo nos leva ao desvio de nossas próprias necessidades primárias. Gerando
então uma angústia premente, decorrente do que é imperativo na nossa raça,
viver em harmonia. Aprendemos desviando de nossos extintos e este fato nos
coloca em luta com nossos próprios impulsos.
Os próprios eventos do cotidiano nos deixa mais neuróticos ainda. Com
medo do dia a dia. Medo de ser violentado, medo de conhecer pessoas, medo de
ser enganado, medo de ter medo.
Na teoria da psicologia analítica de Jung, a neurose é resultado do
conflito entre duas partes, sendo uma consciente e outra inconsciente. A única
forma de curá-la é, portanto, trazer consciência à parte inconsciente. Em
outras palavras, é preciso acordar desse estado letárgico que todos nós
conhecemos tão bem, e começarmos a agir. O movimento nos faz muito ocupados, e
quem se ocupa de um movimento em direção ao bem coletivo, não tem tempo nem
disposição para ficar doente. Torna-se imune a todo o tipo de neurose.
Sendo assim, podemos dizer que todos nós somos mais ou menos neuróticos,
porque, todos têm desejos reprimidos que a todo o momento, interferindo em
nossa vida consciente e, muitas vezes, provocando desconforto. Todas as
nossas relações pessoais são permeadas por emanações de energias psíquicas
desconhecidas vindas de um território obscuro e inatingível. Assim, grande
parte de nossos desejos e motivos conscientes, que julgamos conhecer
e dominar, não passam de representações, simulações, daquilo que habita
nosso inconsciente. E para um controle e compreensão se faz um autoanalise diário
pela introspecção de si mesmo e pela Psicoterapia Psicanalítica.
NEUROSE OBSESSIVA E A PSICANÁLISE
O termo neurose obsessiva também conhecida como neurose compulsiva
indica uma condição na qual a mente do paciente é invadida, contra a sua
vontade, por imagens, ideias ou palavras. Consciência do paciente, no entanto,
permanece lúcida e seu poder de razão permanece intacto. Essas obsessões
incontroláveis são experimentadas como mórbidas na medida em que privam
temporariamente o indivíduo da liberdade de pensamento e ação. Às vezes, as
defesas podem eliminar a ansiedade e os sintomas, mas ao preço de deslocar
características da obsessão primitiva (incontrolabilidade, compulsões) para os
mecanismos de defesa.
A neurose obsessiva situa-se no campo de estudo da psicanálise de
Sigmund Freud, podendo ser entendida a partir de uma experiência traumática que
acomete a estrutura do sujeito.
Com o intuito de entender a estrutura da neurose obsessiva é preciso tentar esclarecer a relação do neurótico obsessivo com a pulsão anal, a qual vai ser importante para compreender a relação do obsessivo com o outro. Segundo Freud a escolha da fixação da pulsão é decisiva para a escolha da neurose e o obsessivo regride, a posição anal-sádica da libido. Essa regressão constante ocorre, particularmente, no momento de conflito psíquico caracterizado pela ambivalência nas relações com o objeto. Por conseguinte, a presença de idéias dicotômicas se manifestam na constante indecisão, um estado de dúvida que acaba paralisando o sujeito e impedindo-o de fazer escolhas. Ao se tomar uma decisão é preciso suportar a perda de algo e é justamente isso que o obsessivo não consegue suportar. Assim, ele não sustenta uma determinada opção em detrimento de outra, permanecendo em estado de dúvida.
Segundo Lacan, o que caracteriza o sujeito obsessivo é a sua capacidade de pensar, mas com a característica de que ele pensa para si mesmo e para anular o desejo do outro. Se, na fase oral, a primazia é a do sujeito de ser nutrido pelo outro, diferentemente, na fase anal, é o sujeito que está sujeitado a demanda do outro. Assim, a introdução na fase anal ocorre por ser o outro quem demanda ao sujeito. O obsessivo não se manteria numa relação possível com seu desejo senão à distância para que esse desejo subsista. Assim, seu desejo vacila e se oculta na medida de sua aproximação. Contudo, se o obsessivo se dedica a destruir o desejo do outro, tende a desvalorizar e depreciar daquilo que é seu próprio desejo.
Conforme Bouvet, há duas fases no estágio anal-sádico. Na primeira fase os desejos sádicos destrutivos com intenções de incorporação são predominantes; na segunda é o desejo de posse, de manutenção do objeto, que confere uma satisfação narcisista ao sujeito. Assim, os diferentes desejos expressam o caráter ambivalente tão presente na neurose obsessiva, isto é, a retenção, o amor, e a expulsão, o ódio. Diferentemente da tendência à integração das pulsões da fase fálica, no período anal-sádico ocorre uma dissociação das diferentes pulsões parciais com a separação de elementos do erotismo e da destrutividade. O autor também comenta que no investimento libidinal anal há um duplo prazer: o de reter as excreções e o de evacuá-las. Assim, em casos de formação acentuada no caráter anal, pode-se encontrar indivíduos que se relacionam com os seus objetos de interesse e amor na forma de prender e de dar, isto é, uma relação com a propriedade.
Para Joel Dor há uma tendência do obsessivo em se constituir como tudo para o outro e também de uma forma autoritária tudo controlar e dominar para que o outro não consiga lhe escapar. Pode-se então fazer uma relação com uma das características do neurótico obsessivo, na qual ele está sempre pedindo explicações e que lhe ordenem sobre aquilo que ele deve fazer. Isso parece uma tentativa de reduzir o misterioso desejo do Outro, pois perguntando ao Outro o que ele deseja que o sujeito faça não precisará pensar no que ele, sujeito, realmente deseja. Além disso, ao corresponder à demanda do Outro o obsessivo impede o aparecimento do desejo do Outro. Sendo assim, o obsessivo se sente compelido a responder ao Outro de forma contínua. Pode-se também pensar numa constante insatisfação da posição neurótica, pois parece que o gozo lhe é algo impossível e é dele que o neurótico se defende colocando em risco a sua própria singularidade em prol do gozo do Outro.
Freud comenta sobre a onipotência do pensamento do obsessivo e que ele não age, ele cogita. Assim, enquanto o sujeito histérico fala, chama atenção; o obsessivo vive cogitando, encontra-se impedido pela ruminação e envolvido por dúvidas e incertezas.
A perspectiva de Sigmund Freud sobre a neurose obsessiva apareceu já
em 1894. Em As Neuropsicoses de defesa, ele rompeu com as concepções de
psiquiatria clássica e estipulou que a causa da neurose obsessiva reside na
existência de um conflito intrapsíquico de origem sexual que mobiliza e
bloqueia todos os fluxos de energia. Assim, ele se opôs à teoria clássica de
degeneração e a ideia de fraqueza inata do ego que Pierre Janet usava como base
para sua descrição da psicastenia. Freud propôs uma etiologia traumática para a
neurose obsessiva. Um evento sexual precoce ocorre antes da puberdade; no
entanto, em contraste com o que acontece na histeria, este evento é uma fonte
de prazer para a criança. O indivíduo experimenta fortes sentimentos de culpa e
é oprimido pela autocensura. Estes sentimentos são reprimidos e, em seguida,
substituídos por um sistema primário de sintomas e traços: escrúpulos,
vergonha, desconfiança de si mesmo. O sucesso dessas defesas permite ao
indivíduo passar por um período aparentemente saudável. Mas, eventualmente,
essas defesas são esgotadas e há um retorno das memórias reprimidas com a
eclosão da doença e seus sintomas concomitantes.
A neurose descrita por Freud como psiconeurose nos primeiros escritos
da sua obra, conhecida hoje como freudiana, categorizavam os transtornos
emocionai em três grupos.
As neuroses atuais compunham o primeiro agrupamento, caracterizando-se
como transtornos emocionais resultantes da ausência ou inadequação da
satisfação sexual; seus sintomas não eram de natureza simbólica. Para tal
transtorno a investigação deveria ser direcionada para as desordens sexuais
atuais e não em acontecimentos importantes da vida passada. Sua etiologia,
neste sentido, é somática e não psíquica.
As neuroses de transferência são referenciadas como o segundo o grupo
dessa classificação, assim, foi chamado também de psiconeuroses de defesa.
Nesse enfoque, abrange as histerias, as fobias e as neuroses obsessivas.
Segundo Freud, apenas estas poderiam produzir a transferência, pois
para isso seria necessário dirigir catexias libidinais às pessoas.
O terceiro grupo compreende as neuroses narcísicas, ou seja, as
psicoses. De acordo com Freud, a psicanálise não reunia condições para tratar
pacientes acometidos desse tipo de neurose.
A justificativa usada pelo fundador da psicanálise era a de que tais
pacientes não conseguiam a revivescência do conflito patogênico e a superação
da resistência devido à regressão. Freud supunha que essas pessoas abandonavam
as catexias objetais e que sua libido objetal se transformava em libido do ego.
A princípio, Freud estudou a neurose sobre a perspectiva da teoria do
trauma, cuja natureza da neurose estava contida em um trauma sexual vivenciado
pelo sujeito, porém com o abandono dessa teoria, surge o conceito empírico do
Complexo de Édipo no entendimento dessa formação.
Nesse momento houve uma ruptura em que Freud passa a perceber a
importância do conflito psíquico na produção dos sintomas e percebe que a
criança tem sentimentos ambivalentes com seus pais, que são em parte,
reprimidos.
Como Freud, os psicanalistas que
vieram depois dele sempre colocaram o acento na estrutura obsessiva, em vez de
sintomas. Isto coloca problemas de terminologia. O termo neurose obsessiva não
é o equivalente exato do alemão Zwangsneurose: Zwang não se refere apenas aos
pensamentos compulsivos ou obsessões (Zwangsvorstellungen), mas também para
atos compulsivo (Zwangshandlungen) e afetos compulsivos (Zwangsaffekte). Certos
autores franceses preferem, portanto, usar o termo névrose de contrainte, e
alguns autores americanos preferem o termo compulsive neurosis (neurose
compulsiva). Funcionamento obsessivo é o termo preferido para o conjunto de
processos e mecanismos de defesa que caracterizam neurose obsessiva, mas que
também estão presentes, em menor grau, em outros pacientes, sob a forma de
traços de personalidade obsessiva ou um sistema de defesas que se apresente
como uma alternativa a um modo mais caro do funcionamento psíquico, o
funcionamento psicótico.
SINTOMAS DA NEUROSE OBSESSIVA
Embora os sintomas associados à neurose obsessiva sejam descritos e
muitas vezes associados com a adolescência ou início da idade adulta, é comum
em clínica surgirem crianças com sinais obsessivos evidentes. Estudos indicam
que pelo menos um terço dos casos de adultos aos 40 e 50 anos com neurose
obsessiva começou com sintomas na infância.
Obsessões - Pensamentos intrusivos, desagradáveis e que produzem um
alto nível de ansiedade.
Ideias ou impulsos não desejados que retornam repetidamente na mente;
Temores e Medos persistentes de que algo vai acontecer a si próprio ou
a outros importantes para a pessoa.
Preocupação com contaminações, tipo lavar as mãos repetidamente;
Necessidade excessiva em fazer as coisas corretamente ou perfeitamente,
tipo fechar o carro ou a porta de casa várias vezes;
Compulsões - Comportamentos repetitivos denominados de resposta às
suas obsessões.
Lavar e verificação constante;
Contagem (muitas vezes durante a execução de outra ação compulsiva,
como a lavagem das mãos);
Arrumação de objetos, papeis, livros, por exemplo guardar todas as
contas em um só lugar, fazer sempre referencia a estes guardados, muito zelo e
alinhamento preciso dos objetos;
Repetição de frases ou fazer listas;
Estes comportamentos surgem como forma de controlo da angústia sentida
pela pessoa com neurose obsessiva. Para algumas pessoas estes rituais podem dar
um alívio da ansiedade, mas apenas esta se revela temporária. As pessoas com neurose
obsessiva têm algum grau de percepção da falta de sentido das suas obsessões.
Muitas vezes, especialmente quando eles estão tendo uma obsessão, pode
reconhecer que as suas obsessões e compulsões são irrealistas. Outras vezes,
pode não ter certeza sobre seus medos ou mesmo acreditam firmemente na sua
validade.
Apesar da luta para banir os seus pensamentos indesejados e evitar os
comportamentos compulsivos, e muitos podem manter os seus sintomas obsessivo-compulsivo
sob controle durante as horas de trabalho e escola, mas a resistência tende a
enfraquecer ao longo dos meses ou anos e a neurose obsessiva torna-se tão grave
que os rituais podem apropriar-se de vida dos pacientes, o que os impede de
continuar as atividades fora de casa.
Aqueles que sofrem de neurose obsessiva geralmente tentam esconder a
sua desordem ao invés de procurar ajuda. Muitas vezes bem sucedidos a esconder
os seus sintomas, têm uma consequência infeliz do seu segredo, pois, só recebem
ajuda profissional muito tempo após o início de sua doença. Neste ponto, podem
ter aprendido a gerir a sua própria vida e a dos que os rodeiam, seja família ou amigos, em torno dos seus rituais. Cria-se assim uma abrangência maior na
patologia.
TRATAMENTO NEUROSE
OBSESSIVA
Como já foi referido a Neurose Obsessiva pode ser extremamente
debilitante, tendo até sido já questionada e comparada com a psicose, pelo que
deverá ter um tratamento adequado e continuado, uma vez que a origem da
angústia nesta patologia é inconsciente, ou seja, não há um conhecimento real
da causa.
Entretanto, atualmente, existem duas principais intervenções para lidar com os
sintomas típicos da neurose obsessiva. Estes são farmacoterapia e psicoterapia.
No que se referem a medicamentos, os fármacos mais eficazes são os
antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos da recaptação de serotonina,
sendo este último o mais vulgarmente utilizado.
Essas intervenções podem melhorar o quadro clínico, mas, insuficiente
regularmente para minimizar os sintomas da doença.
Neste sentido, o tratamento cognitivo-comportamental é geralmente o
tipo de psicoterapia que deve acompanhar a intervenção consistente farmacológica.
As técnicas utilizadas são a exposição com prevenção de resposta e aceitação e
terapia de compromisso.
Assim sendo, e tendo a Psicoterapia Psicanalítica como regra principal
a associação livre dos pensamentos, este é o tratamento imprescindível para esta
patologia, uma vez que valoriza a compreensão da própria pessoa e do contexto
social e relacional em que esta se insere, não enfatizando o sintoma e
permitindo como consequência a autonomia e a liberdade.
CONTINUA
Leia também A PSICOSE E ESQUIZOFRENIA
A CURA PARA AS DOENÇAS
A ESQUIZOFRENIA E A OPRESSÃO ESPIRITUAL
COMO NEUTRALIZAR A INVEJA
SHALOM ADONAY
José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.
Declaração de Direitos Autorais
O conteúdo em nosso site é produzido por Instituto Bíblico Cristão, e pertence por direito ao autor, publicador e/IBC.org. Se você gostou desse artigo, encorajamos você a distribuí-lo, desde que concorde com a política de copyright de IBC.org. e inclua essa nota.
ESTUDE CONOSCO
FORMANDO CIDADÃO PARA UMA SOCIEDADE MELHOR
Com o fim de Habilitar ao Senhor um povo Entendido. Lucas 1:17.
CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA A DISTÂNCIA
ESTUDE TEOLOGIA
Com o fim de Habilitar ao Senhor um povo Entendido. Lucas 1:17.
CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE
CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA A DISTÂNCIA
BÁSICO EM TEOLOGIA |
ESTUDE TEOLOGIA
SEJA BACHAREL EM TEOLOGIA
SEJA BACHAREL EM TEOLOGIA |
DOAÇÃO VIA INTERNET
AO DOAR GANHE UM BRINDE
OBRIGADO por Ajudar nosso TRABALHO Social. SUA DOAÇÃO ajudará MUITAS PESSOAS SEREM Alcançadas e SOCORRIDAS. Ao DOAR qualquer valor VOCÊ GANHA TOTALMENTE GRÁTIS à ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA:
6 VOLUMES de Russell Norman Champlin. Em mídia digital
Que enviaremos para seu E-mail assim que com firmamos sua doação.
OBRIGADO PELA SUA DOAÇÃO.
QUE O ETERNO TE ABENÇOE.
SHALOM ADONAY
Nenhum comentário:
Postar um comentário