A PSICOSE E ESQUIZOFRENIA
“O neurótico constrói um castelo no ar. O psicótico mora nele” (Jerome
Lawrence).
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A PSICOSE E ESQUIZOFRENIA |
Esquizofrenia e psicose - qual é a diferença?
É importante compreender a diferença entre psicose e esquizofrenia.
Psicose é um termo geral usado para descrever sintomas psicóticos. A
esquizofrenia é um tipo de psicose. Vários distúrbios cerebrais diferentes
podem levar a sintomas psicóticos, incluindo lesões no cérebro, resultantes de
traumas de cabeça, acidentes vasculares cerebrais, tumores, infecções ou o uso
de drogas ilícitas. Se uma grave depressão não for tratada por um longo tempo,
podem desenvolver-se sintomas psicóticos. Estes exemplos demonstram que nem
todas as psicoses é esquizofrenia. Se for por esse motivo que os médicos podem
tomar bastante algum tempo de até seis meses ou mais para diagnosticar alguém,
porque enquanto os sintomas da esquizofrenia são bastante óbvios, a psicose é mais abrangente e delicada, psicose é uma desordem psíquica que não diz respeito ao âmbito da
personalidade, mas, sim, à perda de contato com a realidade. Podemos descrever como psicose um termo usado para identificar transtornos psiquiátricos em
que a pessoa perde o contato com a realidade. O funcionamento mental de uma
pessoa psicótica fica comprometido em vários níveis, provocando sinais e
sintomas que incluem alucinações, delírios, confusão mental, perda de memória,
comportamentos bizarros, entre outros. Assim sendo, para a identificação da psicose será necessário analisar a causa primeiro.
A esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma
desorganização ampla dos processos mentais. É um quadro complexo apresentando
sinais e sintomas na área do pensamento, percepção e emoções, causando marcados
prejuízos ocupacionais, na vida de relações interpessoais e familiares.
A Psicose, por sua vez, não é uma doença específica, mas um conjunto
de enfermidades reconhecidas pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela
psicanálise como um estado psíquico no qual se verifica uma perda de contato
com a realidade, traduzida por alucinações e delírios nos períodos de crises
mais intensas.
Afora isso, o estado psíquico inclui também pensamento desorganizado ou
paranoide, acentuada inquietude psicomotora, sensações de angústia intensa,
insônia severa e comportamentos bizarros. Também é frequente uma falta de
"crítica" ou de "insight", que se traduz numa incapacidade
de reconhecer o caráter estranho do próprio comportamento. Desta forma surgem
nos momentos de crise, dificuldades de interação social e em cumprir
normalmente as atividades comuns da vida diária.
A PSICOSE
No século XIX a psiquiatria designa a psicose como doença mental. Freud
afirma que a psicose seria resultado do conflito do Eu e o mundo externo. O Eu
fracassa em manter-se fiel ao mundo externo e tentar silenciar o Id; assim o Eu
é derrotado pelo Id e consequentemente afastado da realidade, deste modo surge
a psicose segundo Sigmund Freud.
Segundo o Petit Robert, a palavra psicose só foi usada na França em
1869, e, se acompanharmos toda a literatura do século XIX, veremos que o
primeiro aparecimento da palavra psicose, com grande destaque, é no trabalho de
Möbius, de 1892, quando ele divide as doenças mentais em psicoses exógenas e
endógenas. Então, psicose é uma palavra de curso muito restrito, especialmente
no século XIX.
A perda do controle voluntário dos pensamentos, emoções e impulsos é a
principal característica da psicose. Talvez por isso que a psicose é mais
conhecida pelas pessoas como loucura. Bem sabemos que o comportamento psicótico
apresenta dificuldade traçar diferenciação entre a realidade e a experiência
subjetiva, neste caso, fantasias e realidade se confundem, podendo a realidade
ser substituídos delírios e alucinações.
Muitas vezes, as pessoas que sofrem de psicose não reconhecem que
estão doentes, existem riscos próprios à psicose, por exemplo, o doente pode
matar-se porque as vozes lhe disseram para fazer isso ou pode atirar-se de uma janela
porque acha que pode voar. Assim sendo, se faz necessário com que venhamos
conhecer a psicose.
A psicose para alguns não é exatamente uma doença, mas um tipo de
sintoma que pode aparecer em várias doenças ou até mesmo em quem não está
doente. As classificações do que é psicose são variáveis. Com o intuito de
simplificar essa questão, a psiquiatria hoje admite que psicose sejam as
situações em que as pessoas têm alucinações ou delírios.
A psicose pode ser definida, de modo geral, como “uma desordem mental
grave, com ou sem um dano orgânico, caracterizada pela perda do contato com a
realidade e por causar complicações no funcionamento social normal” (Dicionário
Médico KMLE – Definição de psicose).
Quando prestamos atenção a essa definição, nos vêm à mente várias
doenças que podem causar psicose ou sintomas psicóticos, como a esquizofrenia,
o transtorno esquizotípico de personalidade, os transtornos psicóticos induzidos
por medicamentos ou drogas e os transtornos psicóticos provocados por outros
problemas de saúde.
No DSM-IV, os transtornos psicóticos incluem os transtornos invasivos
do desenvolvimento, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno
esquizoafetivo, transtorno delirante, transtorno psicótico breve, transtorno
psicótico compartilhado, transtorno psicótico devido a uma condição médica
geral, transtorno psicótico induzido por substância e transtorno psicótico sem
outra especificação. Estes termos nós iremos abordar de forma particular em outro post.
Os transtornos do espectro da esquizofrenia e outros transtornos
psicóticos se definem por anomalias em um ou mais dos cinco seguintes domínios:
delírios, alucinações, pensamento (discurso) desorganizado, comportamento motor
muito desorganizado ou anômalo (incluída a catatonia) e sintomas negativos
(Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, DSM-5, 2014, p.87).
A psicose é um estado mental patológico de perda de conexão com a
realidade que pode levar a alucinações, alterações de personalidade, desordem
de pensamento, delírios, dificuldades social e problemas para manter atividades
cotidianas. Não é reconhecida como doença, mas como sintoma de transtorno
mental.
O filósofo e psiquiatra alemão Karl Jaspers (1883 – 1969) afirmou, em
sua época, que as psicoses não causavam alterações na esfera cognitiva do
paciente, porém hoje em dia sabe-se que algumas das doenças classificadas como
psicoses podem, no decorrer do tempo, causar déficits cognitivos.
TIPOS DE PSICOSES
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças volume 10
(CID-10), atualmente utilizada no Brasil para referência de classificação de
doenças, as psicoses são várias. Elas são a esquizofrenia, o transtorno de
personalidade esquizotímica e os transtornos psicóticos. Cada um desses tipos
pode conter subtipos.
PSICOSE DELIRANTE CRÔNICA
A Psicose Delirante Crônica, que é sinônimo do atual Transtorno
Delirante Persistente foi chamada de Paranoia, muito apropriadamente. A
característica essencial desse Transtorno Delirante Persistente é a presença de
um ou mais delírios não bizarros que persistem por pelo menos 1 mês.
Normalmente o funcionamento social desses pacientes paranoicos não está
prejudicado, apesar da existência do delírio. Um paciente, por exemplo,
convencido de que será assassinado por perseguidores implacáveis pode
desenvolver isolamento social e abandonar o emprego. Em geral, além do
funcionamento social comprometido, também o relacionamento conjugal pode sofrer
prejuízos.
Esses Delírios normalmente são interpretativos, egocêntricos,
sistematizados e coerentes. Pode ser de prejuízo, de perseguição ou de
grandeza, impregnado ou não de tonalidade erótica ou com ideias de invenção ou
de reforma. Também é frequente o delírio de ciúme, mais encontrado nas
mulheres.
Tipo Erotomaníaco - Neste caso o delírio habitualmente se refere ao
amor romântico idealizado e a união espiritual, mais do que a atração sexual.
Tipo Grandeza - Neste subtipo de Transtorno Delirante Persistente a
pessoa é convencida, pelo seu delírio, possuir algum grau de parentesco ou
ligação com personalidades importantes. Outras vezes acha-se possuidor de
grande fortuna.
Tipo Ciúme - Neste tipo de Paranoia a pessoa está convencida, sem
motivo justo ou evidente, da infidelidade de sua esposa ou amante. Pequenos
pedaços de "evidência", como roupas desarranjadas ou manchas nos
lençóis podem ser coletados e utilizados para justificar o delírio.
Tipo Persecutório - É o tipo mais comum entre os paranoicos ou
delirantes crônicos. O delírio costuma envolver a crença de estar sendo vítima
de conspiração, traição.
Tipo Somático
Caracteriza-se pela ocorrência de variadas formas de delírios somático
e, neste caso, com maiores possibilidades de alucinações que outros tipos de Paranoia.
Os mais comuns dizem respeito à convicção de que a pessoa emite odores fétidos
de sua pele, boca, reto ou vagina, de que a pessoa está infestada por insetos
na pele ou dentro dela.
PSICOSE MANÍACO-DEPRESSIVA
A psicose maníaco-depressiva pode instalar-se em qualquer idade, mas
prevalece no grupo de 20 a 60 anos. As mulheres são mais frequentemente
atingidas que os homens, constituindo aproximadamente dois terços de todos os
casos. A psicose maníaco-depressiva foi chamada loucura cíclica, em razão de
ter ciclos alternados de mania e de depressão.
Os modos se alteram bruscamente, até chegar à irritabilidade, maus
modos e raiva, e nestes momentos pode aconselhar e criticar outras pessoas,
tentando mostrar sua superioridade. O psicótico maníaco-depressivo imagina que
é uma personalidade exaltada e poderosa, talvez um grande cientista ou ator,
rei ou salvador da humanidade.
Pode cogitar de suicídio, considerando-se como indigna de viver. Os
ataques maníaco-depressivos que podem ocorrer originalmente por tensão
emocional grande podem ser curtos ou durar muito tempo. Se forem isolados ou
infrequentes existe uma possibilidade de recuperação. Mas a cura total e
completa é rara.
SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas de psicose são muito diversos e podem
ser percebidos por meio de mudanças de características pessoais do indivíduo,
como o humor, e também no modo de pensar e no comportamento. A intensidade dos
sintomas varia de pessoa para pessoa e pode se alterar com o decorrer do tempo.
Podemos dizer que a psicoses são caracterizados pela desconexão do
paciente com a realidade. Entre seus principais sintomas estão:
Delírios
A percepção é a maneira como uma pessoa interpreta um estímulo
externo, por exemplo quando você enxerga o desenho de um sol. O estímulo é o
desenho. Seu cérebro interpreta este estímulo e você é capaz identificá-lo como
um sol: esta é a percepção.
Em um delírio, o paciente possui uma percepção falsa sobre a
realidade, necessariamente baseada em um estímulo externo que é interpretado de
maneira incorreta. Essa percepção não é abalada apesar de contra-argumentação e
provas óbvias do contrário.
Importante notar que os delírios são coisas individuais, diferentes de
instituições como as religiosas, que são culturais e coletivas.
Alucinações
Alucinações são experiências que se assemelham com a percepção de um
estímulo que não está presente no momento. Elas podem envolver qualquer um dos
cinco sentidos, fazendo com que a pessoa veja ou ouça imagens ou sons que não
estão sendo emitidos.
Desorganização do pensamento
O modo que a pessoa encontra para se expressar costuma ser alterado,
não havendo conexão entre as ideias. Nesses casos, as frases emitidas pelo
paciente podem não ter sentido ou não serem claras. O individuo também pode
encontrar dificuldades para concentrar-se e ter problemas de memória recente.
Da mesma forma, a fala também pode estar muito rápida ou muito lenta,
dependendo da pessoa. Desta forma seus pensamentos e discurso confusos são
desorganizados.
Comportamento motor desorganizado
O paciente pode ter o comportamento alterado, podendo estar por
exemplo muito agitado ou catatônico, que é um estado de baixa reatividade ao
ambiente.
Sintomas negativos
São chamados de sintomas negativos quaisquer sintomas que subtraem
capacidades do paciente. No caso das psicoses, com o tempo, pode haver reduções
cognitivas e perda da volição, ou seja, perda da capacidade de escolha e
decisão.
Alterações de humor
Oscilações de humor podem ser comuns em psicoses, causando sentimentos
de depressão ou euforia.
Alterações comportamentais
É comum que pacientes de psicoses tenham queda no rendimento escolar e
profissional, além de prejuízo no círculo social. Entre os comportamentos
alterados pode estar deixar de realizar responsabilidades que antes eram
cumpridas como tarefa de casa ou o trabalho.
Agitação e agressividade
O paciente pode se tornar agitado e agressivo.
Comportamento alterado
A mudança no comportamento usual da pessoa é um sintoma muito comum da
psicose. No início, esse sinal costuma se manifestar na queda do rendimento no
trabalho ou na escola. Os indivíduos podem ficar tanto muito ativos quanto
letárgicos. Eles podem permanecer a maior parte do dia deitados ou sentados
imóveis, assistindo televisão.
Se antes essas mesmas pessoas eram comunicativas, de uma hora para a
outra, elas podem não querer mais conversar com ninguém, preferindo ficar
sozinhas no quarto, recolhidas. Ou pode acontecer também o inverso. Se antes
eram tímidas, passam a ser mais falantes, às vezes comportando-se de forma
inadequada em ambientes públicos. Também podem falar ou rir sozinhos sem nenhum
estímulo aparente.
Os hábitos de higiene também podem ser comprometidos. O paciente pode
passar a não tomar banho ou escovar os dentes, levando-o a ter uma aparência
descuidada. A perda de apetite e a alteração do sono também são alguns dos
sintomas mais frequentes em pacientes diagnosticados com psicose, em que eles
podem passar até a noite inteira sem dormir.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE
PSICOSES?
Diagnosticar uma psicose é trabalho do médico psiquiatra ou psicólogo
por meio de investigação adequada.
Procure falar com um médico ou psiquiatra se você notar que algum
membro de sua família está apresentando sintomas similares aos de uma psicose,
principalmente se, entre esses sintomas, estiver uma possível perda de contato
com a realidade.
Nesta avaliação, devem ser abordados os sintomas das psicose através
de entrevista e relatos de comportamentos, histórico familiar, história de vida
do paciente, doenças e uso de substâncias.
Exames extras podem ser utilizados, por exemplo, exames de sangue,
ressonância magnética e tomografia computadorizada. É importante notar que
estes exames não são feitos para encontrar sinais de psicose, mas para
descartar condições que possam causar uma possível psicose secundária.
Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar uma psicose são:
Neurologia, Psiquiatria, Psicologia.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e
otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas
informações:
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram.
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e
medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Quais os sintomas que foram notados?
A pessoa já foi diagnosticada com algum outro problema de saúde?
A pessoa tem tido mudanças de comportamento muito acentuadas?
Qual a intensidade dos sintomas?
Os sintomas são frequentes ou ocasionais?
Os sintomas foram piorando com o passar do tempo?
HÁ CURA PARA PSICOSE
Infelizmente, as psicoses não têm cura. Elas podem ser tratadas e
entrar em remissão, mas o risco de afetar o paciente sempre estará presente.
Os tratamentos para a condição podem controlar os sintomas e melhorar
a qualidade de vida do paciente.
É sempre importante entender que a recuperação do indivíduo
diagnosticado com psicose também depende da causa e do tipo de psicose. Para
alguns tipos da doença, realmente como falamos, não há cura viável. Mas se a
causa puder ser identificada e corrigida, o resultado geralmente é satisfatório
e o tratamento com antipsicóticos tende a ser breve também.
EXISTE TRATAMENTO?
O plano de tratamento de um transtorno psicótico deve ser
multidisciplinar, coordenado e integrado, já que normalmente a intervenção é
realizada por vários profissionais.
O tratamento para psicoses envolve o uso de medicamentos
antipsicóticos e terapia psicológica, além de afastar o paciente de gatilhos
conhecidos. As recomendações para um plano terapêutico adequado são as
seguintes:
Avaliação e diagnóstico dos sintomas.
Desenvolvimento do plano de tratamento. O tratamento de escolha é o
farmacológico, mas pode ser potencializado por tratamentos psicológicos, que
têm maior impacto sobre os sintomas negativos, o funcionamento psicossocial, as
funções cognitivas e, definitivamente, sobre a qualidade de vida das pessoas
com psicose.
Conseguir uma relação médico/psicólogo-paciente adequada e que este
último se envolva ativamente no tratamento.
Educação sobre a doença para o paciente e seus familiares.
Intervenção sobre outras alterações comórbidas.
Intervenção em relação ao funcionamento social do paciente.
Integração dos diferentes tratamentos aos qual o paciente está
submetido.
Relatório dos tratamentos realizados.
Medicamentos
Tomar os medicamentos nos horários e doses recomendadas pelo médico é
importante para evitar e reduzir o número de episódios.
Ajustes na medicação podem ser necessários durante todo o tratamento,
buscando uma dosagem correta para o corpo do indivíduo e o tipo certo de
medicamento.
Terapia
As psicoses são condições que podem causar grande sofrimento no paciente
e é importante que haja terapia psicológica para ajudá-lo a conviver melhor com
seu transtorno.
Riscos
Em casos em que o paciente apresenta risco para si ou para outras
pessoas, ele poderá ser hospitalizado.
Tratamento farmacológico
A administração de fármacos é sempre o tratamento de escolha para
indivíduos com psicose, mas esse tratamento é mais eficaz se combinado com
intervenção psicológica. Os fármacos administrados a esses pacientes são os
antipsicóticos ou neurolépticos. Também se costuma administrar ansiolíticos e
antidepressivos com o fim de tratar a sintomatologia ansiosa e/ou depressiva.
Medicamentos para psicoses
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o caso,
bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as
orientações do seu médico e Nunca se automedique. Não interrompa o uso do
medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em
quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
O tratamento medicamentoso é o mais comum para psicoses.
Ele varia de pessoa para pessoa e de tipo para tipo de transtorno,
então a dosagem e o medicamento específico pode variar. Dependendo do caso,
provavelmente haverá necessidade de ajustes.
Os primeiros meses de tratamento podem ser difíceis devido a dosagens
que precisam ser adaptadas para cada paciente.
Os medicamentos mais usados em caso de psicoses são:
Amissulprida;
Aripiprazol;
Benperidol;
Ciamemazina;
Clorpromazina;
Flufenazina;
Flupentixol;
Haloperidol;
Levomepromazina;
Melperona;
Olanzapina;
Pimozida;
Hemifumarato de Quetiapina;
Risperidona;
Sulpirida;
Trifluoroperazina;
Ziprasidona;
Zuclopentixol;
Carbamazepina.
O FATOR MUITO IMPORTANTE!
Nunca se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes
consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e
duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As
informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não
pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou
servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as
instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou
farmacêutica.
TRATAMENTOS PSICOLÓGICOS
Intervenções familiares psicoeducativas
Um psicótico não deixa de ser psicótico, como um neurótico não deixa
de ser neurótico, então segundo Lacan não tem porque o analista não atender um
paciente psicótico. O analista não deve recuar. É através da escuta que se pode
minimizar o isolamento que ocorre na psicose.
É fundamental realizar uma intervenção no âmbito familiar com o
objetivo de que a própria família esteja consciente da sintomatologia para
poder realizar um controle adequado dos sintomas do paciente. Alguns dos
objetivos da psicoeducação consistem em fornecer uma explicação adequada sobre
o transtorno, reduzir a carga familiar, desenvolver um clima familiar
aconchegante, melhorar a comunicação, etc.
CONVIVENDO
O medo das crises, os medicamentos, os julgamentos sociais e dos
familiares podem ser pesos complicados na vida do paciente com psicoses.
É importante que, para a convivência e aumento da qualidade de vida, a
pessoa frequente o psicólogo. Os parentes próximos também podem usar de
consultas psicológicas para aprender sobre e como lidar com a condição que será
presente na vida a partir daquele momento.
Algumas recomendações são:
Orientação familiar
Os familiares são aqueles que irão passar mais tempo com o paciente
doente e isso pode ser desgastante. A doença causa sofrimento, acima de tudo,
para o paciente, mas os familiares também passarão por desafios.
É importante que a família aceite e entenda a doença, evitem tentar
culpar alguém ou alguma coisa pelo que aconteceu e que não desconte no paciente
as frustrações que ela lhe causa.
TERAPIA OCUPACIONAL
A terapia ocupacional pode ajudar o paciente a aprender como conviver
com seus arredores e com sua condição. Este tipo de terapia é capaz de aumentar
drasticamente a qualidade de vida do paciente, especialmente se houver terapia
familiar junto da ocupacional.
Grupos de ajuda
Grupos de ajuda podem transmitir a sensação de que a pessoa não está
sozinha na situação em que se encontra, tanto para os pacientes quanto para os
familiares. Parte considerável da população passa por situações parecidas e os
grupos de ajuda podem servir de apoio para quem se sente solitário nesta
situação.
Treinamento em habilidades sociais
As pessoas com psicose têm, em sua maioria, um déficit em habilidades
sociais que repercute em um aumento das recaídas e da sintomatologia, assim
como em um funcionamento social muito pobre. Com esses pacientes, trabalha-se
gestos, fluidez verbal, tom de voz, velocidade da linguagem, postura, expressão
e percepção emocional e social, etc.
Prognóstico
Acompanhamento médico e psiquiátrico frequente é mais que necessário
para tanto o paciente quanto seus familiares conseguirem lidar bem com a
doença.
Para isso, é estritamente necessário que o paciente siga à risca as
orientações médicas, obedecendo ao tratamento e não faltando às visitas ao
psiquiatra.
Com o devido tratamento, o paciente pode ter seus sintomas controlados
e entrar em remissão. Isso não é uma garantia e nem é definitivo.
A remissão significa que os sintomas não estão mais presentes e que a
condição não está ativa no momento. Contudo, ela pode voltar e, por isso, o
tratamento não deve se descontinuado mesmo durante a remissão.
Se o primeiro episódio do psicose se deu na vida adulta, é mais fácil
viver com menos complicações, seguindo o tratamento e evitando gatilhos para as
crises, já que o paciente passou pelas adaptações sociais necessárias antes da
condição o atingir.
Entretanto, seguindo o tratamento medicamentoso e frequentando o
médico psiquiatra e o psicólogo, mesmo em remissão, é possível ter uma
qualidade de vida satisfatória.
Complicações
O paciente com psicose sofre com enorme perda de qualidade de vida e
isso acontece mesmo com tratamento. Sem tratar a condição, as psicoses podem
levar um paciente ao suicídio.
A psicose afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo. Muitos
pacientes não conseguem levar uma vida normal devido aos sintomas, que são
caracterizados principalmente pela perda de contato com a realidade. Os sinais
de uma psicose afetam diretamente no desempenho da pessoa no trabalho e nos
estudos, além de impedi-lo de exercer algumas atividades básicas do dia a dia
com eficiência. Em suma, pacientes diagnosticados com algum tipo de psicose têm
dificuldade para viver normalmente e muitas vezes são incapazes de cuidar de si
mesmos. Se a doença não for tratada, eles podem se machucar e até mesmo
machucar outras pessoas.
Perdas sociais
Por conta dos delírios e alucinações, pessoas com psicoses podem
sofrer severas perdas sociais, tanto pelas pessoas não se sentirem confortáveis
próximas a elas, quanto pelo paciente não se sentir confortável próximo de
outras pessoas.
Durante uma crise psicótica, a pessoa pode acreditar que os outros
estão tramando contra ela ou que querem seu mal. Fora de uma crise, ela pode se
sentir mal e envergonhada pelo que acontece consigo.
Redução cognitiva e de memória
Com o tempo, existe o risco de diminuição cognitiva do paciente com
psicose. Isso não necessariamente irá acontecer, mas é um risco real,
especialmente sem tratamento.
Perda de volição
A volição é a capacidade de fazer escolhas. Com o tempo, o paciente
pode ter sua volição reduzida, tornando o paciente dependente das escolhas de
pessoas a seu redor.
A PREVENÇÃO
Não existe como prevenir todas as causas de psicoses. Algumas são
genéticas, algumas são doenças e algumas não são conhecidas. É possível,
entretanto, prevenir comportamentos que facilitam o desencadear de psicoses.
Desta forma, podemos dizer que a prevenção depende, também, única e
exclusivamente das causas da psicose.
Evitar o uso de drogas psicoativas como a maconha, o LSD e o álcool
pode prevenir alguns tipos de psicose. Outros tipos da doença, no entanto, não podem
ser prevenidos.
Psicoses causam grande sofrimento para os pacientes, que perdem
contato com a realidade e a percebem de forma distorcida. É importante evitar o
abuso de substâncias psicoativas para dificultar o desencadeamento do
transtorno.
GRUPOS DE RISCO
Estima-se que 1% das pessoas entre 14 e 28 anos de idade é considerada
de alto risco clínico para esse transtorno e que pelo menos 20% dessas pessoas sofrerá
um episódio psicótico na vida.
Algumas pessoas estão no grupo de risco para o desenvolvimento de
psicoses:
Abuso de substâncias
Pessoas que usam drogas psicoativas em grande frequência e quantidade
estão no grupo de risco para o desenvolvimento de psicoses. Se a pessoa já
possui a condição latente e não sabe, a frequência e quantidade deixam de ser
variáveis: usar drogas psicoativas uma vez pode ser o bastante para desencadear
uma crise psicótica.
Álcool
O alcoolismo pode desencadear uma psicose e o mesmo se aplica a
abstinência de álcool, uma das mais perigosas crises de abstinência que
existem.
Pessoas com familiares com psicoses
Existem estudos que vinculam psicoses com fatores genéticos, que podem
ser passados de pais para os filhos. Se alguém sofre com psicoses, seus
familiares também estão no grupo de risco.
QUAL É A CAUSA DA PSICOSE?
Essa é uma pergunta difícil de responder: não existe apenas uma causa,
mas sim uma grande quantidade de fatores ou causas que podem desencadear uma
psicose. Vamos tentar responder a essa pergunta tratando sobre as diferentes
“doenças” que podem causar sintomas psicóticos.
A ESQUIZOFRENIA
Existe uma importante contribuição dos fatores genéticos na hora de
determinar o risco de apresentar esquizofrenia, apesar da maioria dos
indivíduos diagnosticados com esquizofrenia não apresentarem antecedentes
familiares de psicose. A pré-disposição para sofrer do transtorno é provocada
por um leque de alelos de risco, comuns e raros. Cada alelo contribui apenas
para uma pequena fração do total da população.
As complicações decorrentes da gravidez e o parto com hipóxia (falta
de oxigênio), além de casos de pessoas que se tornam pais em idade mais
avançada, são fatores associados a um maior risco de sofrer de esquizofrenia.
Outras situações adversas durante a gravidez, como o estresse, as infecções, a
desnutrição, a diabetes materna e outros problemas de saúde também podem
influenciar.
A esquizofrenia é uma condição de saúde mental em longo prazo que faz
com que uma gama de sintomas psicológicos diferentes, incluindo:
Alucinações - ouve ou vê coisas que não existem; delírios - incomuns
crenças não baseadas na realidade que muitas vezes contradizem as evidências; atrapalhados
pensamentos baseados a alucinações ou delírios; alterações no comportamento.
Os médicos muitas vezes descrevem esquizofrenia como uma doença
psicótica. Isto significa que às vezes uma pessoa pode não ser capaz de
distinguir seus próprios pensamentos e ideias da realidade.
A CAUSA DA ESQUIZOFRENIA
A causa exata da esquizofrenia é desconhecida. No entanto, a maioria
dos especialistas acredita que a condição é causada por uma combinação de
fatores genéticos e ambientais.
Pensam-se certas coisas fazem mais vulneráveis ao desenvolvimento de
esquizofrenia, e certas situações podem desencadear a condição.
OS QUE SÃO AFETADOS
A esquizofrenia é uma das mais comuns condições graves de saúde
mental. Cerca de 1 em 100 pessoas experimentará esquizofrenia ao longo da vida,
com muitos continua a levar uma vida normal.
Esquizofrenia é mais frequentemente diagnosticada entre as idades de
15 e 35 anos. Homens e mulheres são igualmente afetadas.
Não há nenhum teste único para a esquizofrenia. É mais freqüentemente
diagnosticado após uma avaliação por uma assistência psicológica profissional,
como uma psiquiatra.
É importante que a esquizofrenia é diagnosticada mais cedo possível,
como melhorar as chances de recuperação o quanto mais cedo for tratado.
O TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia é geralmente tratada com uma combinação de medicação e
terapia adequada para cada indivíduo. Na maioria dos casos, este será
antipsicóticos medicamentos e terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Pessoas com esquizofrenia geralmente receberá ajuda de uma equipe de
saúde mental comunitária (CMHT), que irá oferecer tratamento e apoio corrente.
Muitas pessoas se recuperam de esquizofrenia, embora eles podem ter
períodos em que os sintomas voltam (recaídas). Tratamento e apoio podem ajudar
a reduzir o impacto da condição na sua vida.
VIVENDO COM ESQUIZOFRENIA
Se a esquizofrenia é bem gerida, é possível reduzir as chances de
recaídas graves. Isso pode incluir:
Reconhecendo sinais de um episódio agudo, tomar a medicação conforme
prescrito, falar aos outros sobre a condição.
Existem muitas instituições de caridade e grupos de apoio, oferecendo
ajuda e aconselhamento sobre vivendo com esquizofrenia. A maioria das pessoas
reconfortante para falar com outros, com uma condição semelhante.
TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO
É definido como um período ininterrupto da doença durante o qual
existe um episódio maior do estado emocional (maníaco ou depressivo maior) e
delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento muito
desorganizado ou sintomas negativos.
Podem ter maior risco de apresentar transtorno esquizoafetivo
familiares de primeiro grau de indivíduos com esquizofrenia, transtorno bipolar
ou transtorno esquizoafetivo.
Não existe uma causa única, mas uma grande quantidade de fatores e
desencadeadores que podem fazer com que se desencadeie uma psicose.
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE
Os fatores de risco para esse transtorno são os transtornos e
características pré-existentes da personalidade, como o transtorno da
personalidade esquizotípica, o transtorno da personalidade limítrofe ou
determinadas características, como desconfiança. O transtorno psicótico breve
costuma ser desencadeado por um acontecimento estressante, mas isso não quer
dizer que todos os acontecimentos estressantes desencadeiem um transtorno
psicótico breve.
OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Em geral, podemos afirmar que a psicose não vai se desenvolver em um
indivíduo que não tem as “peças” necessárias para isso. O maior fator de risco
é de ordem biológica e o fator que age como propulsor da doença costuma ser
alguma situação de estresse agudo na vida da pessoa ou o consumo de
determinadas substâncias (drogas).
Nem todos os episódios psicóticos são produzidos pelo consumo de
drogas, mas o consumo aumenta as chances de apresentar a doença. Algumas
drogas, como a cannabis, podem desencadear um episódio psicótico e as pessoas
que sofreram um episódio assim são especialmente sensíveis aos efeitos nocivos
das drogas, sobretudo se tal episódio teve relação com seu consumo.
As possíveis causas estão sendo pesquisadas e, apesar de não se
conhecer com certeza os mecanismos implicados no aparecimento e na evolução dos
sintomas, o modelo de vulnerabilidade-estresse é o que tem apresentado maior
aceitação nas pesquisas mais recentes. Segundo esse modelo, a pessoa que
apresenta esses sintomas psicóticos é mais vulnerável que outras para sofrer
dessa doença, o que pode ser ocasionado por um aspecto biológico ou ainda por
algum acontecimento na vida que precipitou seu desenvolvimento.
ALIMENTOS QUE AJUDAM NO TRATAMENTO
A alimentação pode ajudar a diminuir os sintomas negativos que
acompanham a Psicose e a Esquizofrenia. Cuidar da alimentação é muito
importante para estas pessoas que se desentendem com a realidade e tem uma
tendência para descuidar-se de aspectos tão importantes da vida como a higiene
pessoal ou a dieta. A família deve se conscientizar dessa realidade e
proporcionar aos esquizofrênicos uma alimentação regular com ingredientes que
resultam grandes benefícios.
Entre os alimentos aconselhados para a esquizofrenia e psicose temos:
ALIMENTOS RICOS EM ÁCIDOS
GRAXOS OMEGA 3 :
Ficou comprovado como os portadores de esquizofrenia geralmente tem
baixos níveis de ácidos graxos ômega 3. A ingestão de alimentos ricos com esses
ácidos ajuda a compensar o desequilíbrio. Peixe ( sardinha, bacalhau, atum, etc
), os azeites vegetais como o de linhaça, germe de trigo ou de soja são ricos
desse componente. Entre os vegetais que o contém se encontram: a beldroega, o
alface, a soja, como espinafre, morangos, pepino, couves, repolho, abacaxi,
amêndoas ou nozes.
ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA B:
Muitas vitaminas do complexo B estão relacionadas com o bom
funcionamento do cérebro. Estas vitaminas nutrem o sistema nervoso e ajudam a
prevenir muitas doenças neurais. Como, por exemplo, as deficiências com vitamina
B1 ou tiamina se traduzem em disfunções neurológicas e mudanças mentais
importantes. A deficiência de vitamina B9 ou acido fólico pode levar a
depressão, problemas de memória ou mudanças de humor. A ingestão de alimentos
ricos em vitamina B evitará que se agravem os sintomas.
ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA C:
A vitamina A e vitamina E: A vitamina C, a vitamina A e a vitamina E
possuem propriedades antioxidantes. São capazes de neutralizar os efeitos
negativos que os radicais livres exercem sobre as células do cérebro. O
portador de esquizofrenia deve comer alimentos ricos dessas vitaminas para
melhorar seu estado mental.
Alimentos desaconselhados para o portador de esquizofrenia e psicose
ENTRE OS ALIMENTOS NÃO
ADEQUADOS PODEMOS CITAR OS:
ALIMENTOS RICOS EM GORDURAS:
Os esquizofrênicos e psicoticos são submetidos a uma medicação que
geralmente aumenta o peso. Para evitas que os doentes fiquem obesos é
necessário reduzir ao máximo possível as comidas gordurosas como carnes gordas,
manteiga, margarina, óleos, inclusive os vegetais, bacon, devem ser usados com
moderação assim como o consumo de frutas secas.
Por outro lado se acredita que a ingestão de gorduras, especialmente
as saturadas, e o açúcar são responsáveis pela diminuição da produção do fator
neutrópico BDNF (siglas correspondentes a forma inglesa: Brain-derived
neurotrophic fator) um elemento importante para o bom funcionamento do cérebro
já que este permite uma adequada transmissão dos impulsos nervosos.
ALIMENTOS COM GLÚTEN E LACTOSE:
Foi comprovado que a ingestão de alimentos com gluten ou lactose
pioram os sintomas da esquizofrenia. Deve evitar-se ou ingerir com moderação as
comidas feitas com aveia, centeio, cevada ou trigo ou produtos derivados deles
porque contem glúten. É conveniente não beber ou moderar o consumo de leite ou
seus derivados por conter a lactose.
PESSOAS FAMOSAS COM PSICOSE E ESQUIZOFRENIA
Sidney Sheldon
O autor de inúmeros romances e séries de TV consideradas antológicas,
sofria de psicose maníaco-depressiva – conhecida atualmente por síndrome de
transtorno bipolar. Sidney Sheldon vivia se acusando em não ser bom o
suficiente, mesclava momentos de grande euforia com tristeza profunda e tinha
alterações de humor freqüentes; sem contar que aos 17 anos tentou o suicídio
misturando soníferos com bebida alcoólica, mas foi impedido, à tempo, pelo seu
pai.
A doença teve grande impacto na vida do escritor, principalmente no
período da sua infância, mas com o decorrer dos anos, ele foi aprendendo a
conviver com esse distúrbio e já, na fase adulta, conseguiu controlá-la com a
ajuda de medicamentos, para ser mais específico, com comprimidos de lítio
receitados pelo seu médico.
Sheldon conta em sua autobiografia intitulada “OOutro Lado de Mim –
Memórias” que ao chegar 83 anos foi obrigado a tornar-se menos ativo por causa
da doença que voltaria a atacar com espaços menores apesar do lítio. Mas nessa
época, ele já tinha feito história e não precisava provar mais nada.
Sheldon morreu em 30 de janeiro de 2007, aos 89 anos, devido a
complicações causadas por uma pneumonia.
Anne Sexton
Muitos leitores contemporâneos não devem conhecer essa escritora que
em determinado período de sua vida foi diagnosticada como esquizofrênica. Anne
Sexton foi uma das poetisas mais relevantes dos anos de 1960 e vencedora do
Prêmio Pulitzer em 1967.
Dona de um estilo pessoal e confessional onde expunha todos os seus
medos, angústias e segredos íntimos mais insanos, conquistou em pouco tempo um
grande numero de leitores que se identificam com os seus escritos.
A autora fazia questão de deixar transparecer em sua poesia uma vida
marcada pelo vício em álcool, drogas estupefacientes, internações em instituições
para doentes mentais e mortes de familiares.
Para que a galera entenda a importância da poesia de Sexton, em seu
tempo, além de ter ganho o Pulitzer, ela foi convidada a fazer uma palestra na
Universidade Harvard, foi nomeada professora universitária na Universidade de
Boston e ensinou poesia em Harvard e Radcliffe. E pasmem, conseguiu todas essas
conquistas sem ter formação acadêmica!
Infelizmente, o fim da escritora-poetisa foi triste. Em 4 de outubro
de 1974, ela almoçou ao lado de uma amiga para revisar o seu manuscrito de “The
Awful Rowing Toward God”, que seria publicado em março de 1975. Ao retornar
para casa, Sexton vestiu o velho casaco de peles de sua mãe e se trancou em sua
garagem, deixando o motor de seu carro ligado e cometendo suicídio por
intoxicação por monóxido de carbono.
Phillip K. Dick
Um dos mestres da ficção científica tinha esquizofrenia e chegava a
ter surtos muito graves. Mas a doença não o impediu de criar verdadeiras obras
primas do gênero, entre elas: “O Caçador de Andróides”, escrito em 1968 e que
deu origem ao filme “Blade Runner – O Caçador de Andróides”; “Lembramos Para
Você a Preço de Atacado” que acabou se transformando em “O Vingador do Futuro”,
mega sucesso dos cinemas; e “O Relatório Minoritário”, inspiração para “Minority
Report – A Nova Lei”, filmaço de 2002 com Tom Cruise.
K. Dick morreu com apenas 53 anos, em 1982, e não teve tempo para
desfrutar do sucesso de suas obras com os seus leitores do mundo todo. Antes de
morrer, o escritor havia publicado as suas histórias em revistas obscuras e sem
importância de sci-fi. Elas só receberiam o devido valor, anos depois de sua
morte quando uma legião de editoras passou a disputar a ‘muque’ os seus enredos
porque sabiam que haviam desprezado uma verdadeira mina de ouro.
O famoso autor tinha alucinações onde escutava vozes, além de reclamar
que era espionado pelo F.B.I. No auge de
seus delírios, provocados pela esquizofrenia, K.Dick chegou a pensar ser um
cristão do século I perseguido pelos romanos. Nestas horas, tinha convicção que
vivia num universo paralelo.
Quando se separou de sua primeira esposa, passou a se envolver com
drogas pesadas o que só fez agravar ainda mais a sua doença. Neste período –
meados de 1960 – ele tentou o suicídio. Após ser internado numa clinica de
reabilitação conseguiu abandonar o vício das drogas.
Em 1982, o autor sofreu um enfarto fulminante. Dessa forma, a ficção
científica perderia um de seus maiores mestres.
Ryunosuke Akutagawa
Ryunosuke Akutagawa, um dos principais contistas do Japão, morreu
jovem, aos 35 anos, depois de ingerir uma overdose de Venoral; acredita-se que
após um surto psicótico. Akutagawa sofria de esquizofrenia paranóide e de
acordo com alguns pesquisadores se recusava a seguir qualquer tipo de
tratamento.
Sua mãe teria sido acometida por séria doença mental, falecendo em
1902. O fato marcou toda a vida do escritor, que temeria para sempre que seu
destino fosse similar ao da mãe.
Akutagawa tinha uma forte queda para a literatura desde a juventude e
em 1913 ingressou na Universidade Imperial de Tóquio, onde estudou literatura
inglesa e se destacou por seu brilhantismo. Nesse período teve início sua
fértil produção. Publicou seu primeiro romance intitulado “Rashomon”, em 1915 e
logo de cara já atinge o seu primeiro sucesso.
A partir de 1921, sua saúde física e mental entra em declínio. Devido a
um abatimento nervoso, passou a ter alucinações. Em 24 de julho de 1927,
sucumbe à depressão e se suicida.
Brian Wilson
Brian Wilson fez parte do grupo musical americano Beach Boys,
Brian Wilson compôs grandes sucessos da banda, teve esquizofrenia durante toda
a sua trajetória, conseguindo manter uma vida saudável e trabalhando
normalmente.
Vincent van Gogh
Hoje ele é um dos pintores mais famosos do mundo, mas van Gogh lutou
com doença mental ao longo de sua vida. Diferentes histórias de seu
comportamento fazem alguns estudiosos pensarem que ele tinha esquizofrenia. De
acordo com um relato, van Gogh, durante uma discussão com o colega pintor Paul
Gauguin, ouviu alguém em seu ouvido dizer: “Mate-o.” Em vez disso, ele pegou
uma faca e cortou parte de sua própria orelha.
Jim Gordon
Por cerca de 2 décadas, Gordon era um dos mais importantes bateristas
no mundo do rock, trabalhando com John Lennon, Frank Zappa, e Jackson Browne,
para citar alguns. Ele ganhou um Grammy por co-escrever o hit de Eric Clapton,
“Layla”. Mas em 1983, enquanto tinha sintomas de esquizofrenia, ele matou sua
mãe. Gordon permanece atrás das grades e está tomando medicação para o
distúrbio. Seu advogado, Scott Furstman, chamou o caso de “trágico”,
acrescentando: “Ele realmente acreditava que ele estava agindo em legítima
defesa.”
John Nash, Jr., PhD
A vida de Nash foi retratada no livro e no filme Uma Mente Brilhante.
Por 30 anos, ele era conhecido como um dos melhores matemáticos do mundo. Em
seguida, delírios e outros sintomas da esquizofrenia apareceram. Ele viveu com
eles por 20 anos antes de melhorar lentamente e voltar a trabalhar na
Universidade de Princeton. Em 1994, ele ganhou o Prêmio Nobel de Economia. Nash
e sua esposa morreram em um acidente de carro em 2015. Leia meu artigo sobre SUPERANDO
A ESQUIZOFRENIA.
CONTINUA
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José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.
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